O Sindicato dos Bancários de Porto Alegre (SindBancários) foi recebido na tarde desta quarta-feira, dia 11, pelo Ministério Público Estadual para debater os contratos firmados entre o Banrisul e a Faurgs. O encontro reuniu o promotor de Justiça, Dr. Vitor Hugo Azevedo, o subprocurador para Assuntos Institucionais, Dr. Eduardo de Lima Veiga, o presidente do Sindicato, Juberlei Baes Bacelo, o secretário-geral, Fábio Soares Alves, e o diretor Amaro Silva de Souza.
Os contratos entre o banco e a Fundação pautaram a reunião. Juberlei ressaltou que as constantes acusações de irregularidades feitas pelo vice-governador Paulo Feijó têm desvalorizado o banco, expondo e desgastando sua imagem no mercado financeiro. “O banco depende de sua credibilidade para ter uma boa visibilidade e competitividade”, argumentou Baes.
Após a divulgação da conversa entre o vice e o ex-secretário Cezar Busatto, na semana passada, a cotação das ações do banco despencaram. Do dia 30 de maio até hoje, o banco perdeu cerca de R$ 800 milhões.
“Não existem motivos para a abertura de uma CPI no banco. Nossa preocupação é com a apuração dos fatos. Queremos que tudo seja investigado com atenção e a transparência que merecem” acrescentou Juberlei.
A assinatura do Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) evitará a continuidade de contratação sem licitação e a terceirização dos serviços. “A Faurgs presta consultoria nas áreas de pesquisa, ensino e desenvolvimento, mas estava terceirizando algumas atividades. O TAC evitará essa prática e obrigará o banco a fazer licitação ou concurso público”, informou Veiga.
O subprocurador disse ainda que os convênios entre a Faurgs e o Banrisul estão sendo investigados com muita cautela, com a análise do conteúdo de cada serviço para se chegar com segurança a uma conclusão.
Diante dos fatos, o SindBancários avalia que o principal problema estava nas contratações sem licitação, com terceirização de serviços. “Com o TAC, essas ações estão com os dias contados. Agora vamos aguardar que o MP investigue os convênios e apure se existe ou não alguma irregularidade”, completa Juberlei.