Das 352 agências bancárias do Pará e Amapá 168 aderiram à greve nacional da categoria na sexta-feira, 1º de outubro, terceiro dia do movimento paredista. Esse número representa 48% do total de agências nos dois estados e um crescimento de 80% de agências em greve comparadas com o dia anterior.
A última sexta foi marcada por mobilizações do Sindicato dos Bancários do Pará e Amapá (Seeb PA/AP) em frente às matrizes do Banpará e Banco da Amazônia, além da cidade de Castanhal, região nordeste do Pará.
No Banco da Amazônia, vários empregados foram às ruas e fortaleceram o movimento em frente à matriz do banco. “Antigamente as pessoas tinham receio da greve, não participavam por causa do medo da opressão que viria depois. Mas hoje isso mudou, os colegas estão mais conscientes dos seus direitos, já sabem que fazer isso [greve] é importante, principalmente depois de o Banco ter cancelado a mesa de negociações. A esperança é a última que morre, temos que lutar por esta esperança.”, comentou um bancário empregado no Banco da Amazônia há 32 anos.
Quando questionado sobre como reagiu à notícia da suspensão da mesa, o bancário completou: “Nada mais me surpreende. A administração do banco pensa mais neles que no funcionalismo. Nosso banco é movido por uma política interna que acaba dando cargos maiores a quem não merece, enquanto quem está apto para a função fica para sempre no mesmo cargo”.
Os bancários presentes na manifestação puderam desfrutar de um mingau de milho oferecido pelo Sindicato e AEBA, e também de momentos musicais ao som de Carlinhos Mandaró, que reproduziu músicas clássicas da MPB, animando os ânimos dos grevistas.
Castanhal 100% parada – A ida dos diretores do Sindicato, Cristiano Moreno, Alan Rodrigues e Saulo Araújo à cidade de Castanhal garantiu o fechamento das agências do Bradesco, Itaú Unibanco, HSBC, Caixa, Banpará, Banco do Brasil e Banco da Amazônia, ou seja, 100% das agências de Castanhal aderiram à greve nesta sexta-feira.
“A mobilização em Castanhal foi muito positiva, os bancários e bancárias da cidade estiveram conosco durante todo o dia garantindo o fechamento das agências, e o maior destaque foi para a greve no Bradesco, que ano passado tencionou bastante pela não adesão ao nosso movimento, mas dessa vez não houve como barrar a vontade da categoria no Banco”, afirma Alan Rodrigues, secretário geral do Sindicato.
