Brasil tende a consolidar posição de 6ª maior economia do mundo, diz Mantega

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse que o Brasil tende a consolidar a posição de sexta maior economia do mundo, mas que o país deve demorar entre 10 e 20 anos para que seus cidadãos tenham um padrão de vida europeu, e que precisa investir mais nas áreas social e econômica.

Mantega deu a declaração ao comentar o estudo do Centro de Pesquisa Econômica e de Negócios (cuja sigla em inglês é CEBR), publicado nesta segunda-feira (26) na imprensa do Reino Unido que mostra que os britânicos foram superados pelo Brasil que assumiu a sexta posição.

“Os países que mais vão crescer são os emergentes como o Brasil, a China, Índia e Rússia. Dessa maneira, essa posição vai ser consolidada e a tendência é de que o Brasil se mantenha entre as maiores economias do mundo nos próximos anos”, disse o ministro em nota. À frente do Brasil estão os Estados Unidos, a China, o Japão, a Alemanha e França.

“Isso significa que nós vamos ter que continuar crescendo mais do que esses países, aumentar o emprego e a renda da população. Nós temos um grande desafio pela frente”, disse Mantega. Segundo ele, no entanto, “a boa notícia é que nós estamos nessa direção e caminhando a passos largos para que o Brasil, num futuro próximo, seja um país melhor”.

Mantega disse ainda que o Brasil tem boas relações comerciais com outros países, principalmente da Ásia, e que os investimentos diretos devem atingir US$ 65 bilhões até o fim de 2011.

O Brasil está “se consolidando entre os países que mais estão crescendo no mundo ao longo do tempo”, disse o ministro. “Isto é algo que veio para ficar porque nós observamos que vários países do mundo estão em crise e vão continuar crescendo lentamente, como é o caso dos países europeus. Nos tornamos a sexta economia do mundo, porque passamos o Reino Unido e temos chances de continuar passando outros países europeus, que vão continuar em marcha lenta nos próximos anos”, disse o ministro.

Mantega disse ainda que os desafios do Brasil são a de manter o dinamismo e “enfrentar os problemas que essa crise nos coloca”. Entre estes problemas, o ministro citou a falta de crédito internacional e o aumento da “concorrência predatória”.

De acordo com o ministro, o Brasil poderá chegar em 2015, a ser a quinta economia do mundo, caso a economia do país continue crescendo. “Podemos aumentar a nossa média de crescimento e crescer mais do que 4%, em média, nos próximos anos”, disse o ministro.

Para Mantega, apesar de ser agora a sexta maior economia do mundo, o Brasil ainda não pode ser considerado um país avançado. “Temos que melhorar o padrão de vida da população ainda mais. Melhorar a saúde, a educação, dar mais possibilidade para que todos possam adquirir a casa própria. Ainda temos muitos desafios pela frente para chegarmos ao padrão europeu”.

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