Os representantes dos bancários do Mercantil do Brasil estão cobrando do banco aumento no número de bolsas auxílio educacional e sua expansão para os funcionários que estejam cursando pós-graduação, especialização ou mestrado. Os bancários reivindicam também a inclusão do cônjuge no plano de saúde do banco sem ônus para o funcionário, uma luta histórica dos trabalhadores do Mercantil.
Em reunião realizada no dia 24 de novembro deste ano com o Sindicato dos Bancários de Belo Horizonte e a Fetraf-MG, o Mercantil do Brasil mais uma vez alegou “dificuldades financeiras” para atender as reivindicações, devido a um suposto “aumento nas despesas com folha de pagamento” por causa da última Campanha Salarial.
Os bancários contrargumentaram ressaltando que o lucro de R$ 120,891 milhões apresentado pelo banco no primeiro semestre de 2010 é quase sete vezes maior que o do igual período do ano passado.
Diante do impasse, o Sindicato apresentou uma contraproposta, reivindicando que o Mercantil do Brasil custeie 50% do valor da mensalidade nos casos de inclusão do cônjuge no Plano de Saúde, desonerando dessa forma o empregado contemplado e também a ampliação da oferta de bolsas do auxílio educacional em 2011.
Os representantes do banco se comprometeram a levar as reivindicações à alta direção da empresa para obtenção de uma resposta definitiva.
Para o funcionário do Mercantil do Brasil e diretor do Sindicato, Marco Aurélio Alves, o momento é de mobilização. “Já que a empresa alega que no momento não tem condições de bancar a inclusão do cônjuge no plano de saúde sem ônus para o funcionário, que custeie, ao menos, metade da mensalidade com aumento gradual no decorrer dos anos até que se estabeleça a gratuidade ao bancário. A inclusão do cônjuge no plano de saúde já é uma realidade nos demais bancos, menos no Mercantil do Brasil, que ainda permanece nesse atraso e nessa má vontade”, ressaltou.
Já Vanderci Antônio da Silva, funcionário do Banco Mercantil do Brasil e diretor do Sindicato, alerta que a categoria não irá aceitar as desculpas do banco para não ampliar o número de bolsas no auxílio educacional.
“O auxílio educacional tem que ser ampliado, pois a cada dia, o número de bancários cursando pós-graduação, especialização e mestrado é maior e o banco tem plenas condições de atender as reivindicações dos funcionários. Por isso não aceitaremos que o banco fuja desta responsabilidade”, afirmou.