Enquanto os representantes dos trabalhadores e a direção do Banco do Brasil se reuniam no Edifício Sede III para mais uma rodada de negociações, na Praça do Cebolão os bancários da instituição financeira mandavam o seu recado: querem para já a implantação do plano odontológico, do Sesmt (serviços de medicina do trabalho) e a instalação dos comitês de ética, de combate ao assédio moral. A manifestação foi realizada pelo Sindicato e ocorreu na hora do almoço desta quarta-feira 10.
Em discussão na mesa com o BB, temas gerais de saúde e condições de trabalho, com destaque para o novo plano odontológico, além de questões como a CCP (Comissão de Conciliação Prévia), o novo projeto BB 2.0 e mais e urgentes contratações. “Numa postura lamentável, o BB vem descumprindo os acordos que assumiu com os trabalhadores e aposta na enrolação”, frisa o diretor do Sindicato Rafael Zanon. “São questões que precisam ser resolvidas com urgência, e a mobilização para que isso aconteça só tende a crescer”, acrescenta o presidente da entidade, Rodrigo Britto. Até o fechamento desta matéria (19h53), as negociações com o BB ainda prosseguiam.
O Sindicato está pressionando de todas as formas, inclusive recorrendo à Justiça, como quando ingressou no Ministério Público do Trabalho, no início deste mês, com denúncia contra o BB pelo descumprimento de termo de compromisso referente à implantação do novo plano odontológico. Novas medidas para pressionar o banco não estão descartadas.
Esquetes do artista Miquéias e sua trupe deram um tom de irreverência à manifestação, com sátiras à duvidosa política de relacionamento do BB com seus funcionários, chamada ironicamente pelos atores de BB 2.0, o mesmo nome do novo projeto da rede de atendimentos do banco.