A caravana da FETEC-CUT/SP e sindicatos filiados chegou ao seu sétimo dia de atividades, realizando uma verdadeira festa de carnaval na cidade de Guarulhos. Os bancários, trajando máscaras e adornos carnavalescos, percorreram o centro bancário do município anunciando que estão em campanha por melhores condições de trabalho e de salário e por melhor atendimento à população.
Em atividade bastante lúdica, dirigentes do Sindicato dos Bancários de Guarulhos e Região vestiram-se de banqueiro e de bancários feito máquinas, em alusão às inúmeras pressões sofridas pela categoria em seu ambiente de trabalho. A atividade contou com participação de palhaço com perna de pau e das bandas musicais do Peru e Aldo Di Julho e os Silvas.
Durante o trajeto, a agência do Banco do Brasil foi flagrada em completa escuridão e sem ar-condicionado. Conforme informações, os problemas são antigos e, em dias de calor intenso, os bancários são obrigados a levar ventiladores de casa para conseguir trabalhar.
Outro descaso dos bancos bastante latente na cidade é a ausência de portas de segurança em boa parte das agências. Os manifestantes se aproveitaram disso para ingressar todos no interior dos estabelecimentos bancários, com banda e carrinho de som, justamente para mostrar a vulnerabilidade a que todos estão sujeitos.
“Já fizemos inúmeras denúncias e estamos sempre pressionando pela instalação das portas giratórias com detector de metais, mas os bancos insistem a manter do jeito que está. Os banqueiros fazem de tudo para assegurar seu patrimônio, mas, quando se trata da segurança das pessoas, a ordem é cortar custos”, denuncia o presidente do Sindicato, Jessé Costa.
Para a secretária-geral da FETEC-CUT/SP, Aline Molina, esse é um momento muito importante da organização da Campanha Nacional dos Bancários. “É quando temos a oportunidade de dialogar com a categoria e a população e, assim, denunciar os inúmeros desrespeitos dos bancos”, afirma.
“Além de reivindicar aumento real, PLR justa, melhores condições de trabalho, fim das metas abusivas e do assédio moral, mais segurança; bancários e bancárias estão na luta para que os bancos cumpram o seu papel social, de maneira a oferecer melhor atendimento a clientes e usuários”, salienta Aline.