Marina Falcão e Fabiana Lopes
Valor Econômico – Fortaleza
O Banco do Nordeste se prepara para atuar no mercado de capitais por meio da criação de um braço de investimentos em participações em empresas. Um projeto-piloto com um fundo de R$ 10 milhões já começou a ser executado pelo banco este ano. “A ideia é, no futuro, participar de pequenos e grandes projetos”, disse Dyogo Henrique de Oliveira, presidente do conselho de administração do banco.
Segundo Oliveira, o banco está desenvolvendo capacidade de gestão local e a ideia é atuar no segmento com recursos próprios.
Durante palestra no 20º Fórum Banco do Nordeste de Desenvolvimento, em Fortaleza, Oliveira disse que o crédito sozinho será insuficiente para o desenvolvimento do Nordeste nos próximos anos. “Pelo custo do dinheiro, não será mais um grande diferencial nosso. Já temos dificuldade no crédito para pequenas e médias empresas, para quem a celeridade é mais importante do que a taxa”, disse. “O banco vai sair da passividade, ir para rua, queimar sola e desenvolver negócio.”
A ideia não é “competir” no mercado de capitais, mas utilizar os instrumentos disponíveis para cumprir a função de desenvolvimento regional. “Temos que entrar nas empresas, participar, gerando uma cultura de gestão”, afirmou Oliveira, que é secretário-executivo adjunto do Ministério da Fazenda.