Único banco cearense com operações nacionais e internacionais, o BicBanco registrou no primeiro semestre deste ano, lucro líquido de R$ 178,4 milhões, uma evolução de 14,1%, sobre os R$ 156,3 milhões registrados em igual período de2009. De janeiro a julho últimos, as operações de créditos somaram R$ 11,5 bilhões, valor 25,8% superior ao anotado nos primeiros seis meses do ano passado, enquanto as captações, em igual monta, avançaram 32,9%. O Patrimônio Líquido evoluiu 9,9%, em12 meses, e fechou junho em R$ 1,9 bilhão.
As operações de crédito foram ancoradas, sobretudo, no setor industrial, que assegurou R$ 5,19 bilhões, ou 45,3% de participação. Nesse setor, a construção civil, com R$ 1,12 bilhão em empréstimos, acelerou as operações e tende a nortear a maior parte dos negócios nos próximos meses e anos.
Já o setor de serviços, notadamente, médicos e odontológicos, técnico e profissionais e de transportes, responderam por R$ 3,94 bilhões dos créditos, ou 34,4% dos recursos movimentados pela instituição, no período em análise. Enquanto o comércio anotou participação de R$ 1,35 bilhão, o equivalente a 11,8% das operações.
Os números constam no balanço financeiro do primeiro semestre de 2010, do BicBanco, divulgado ontem. No primeiro trimestre do ano, o banco lucrou líquidos R$ 80 milhões e mais R$ 98 milhões, no segundo trimestre deste ano.
Infraestrutura
Para o vice-presidente do BicBanco, Milto Bardini, os resultados crescentes desde o terceiro trimestre do ano passado mostram que a “crise” financeira já é coisa do passado. E que os resultados auferidos já permitem a instituição “pavimentar a rota” do médio prazo, o que estaria levando a instituição a elevar as vagas de empregos, abrir novas agências e ampliar a capacidade de alavancagem, interna e externa, de olho nas operações de crédito que a indústria da infraestrutura pode gerar.
“O segmento de infraestrutura com certeza será um dos focos nos próximos meses”, sinalizou Bardini. Segundo ele, o elevado volume de obras de infraestrutura viária e rodoferroviária em curso no País – e as perspectivas de expansão das arenas esportivas (estádios) para a Copa de 2014 e Olimpíadas de 2016,- irá gerar grandes oportunidades de negócios para o banco no curto e no médio prazo.