O Banco do Brasil anunciou, nesta quinta-feira, em Brasília, a incorporação do Banco Popular do Brasil. Segundo o vice-presidente de varejo do BB, Milton Luciano dos Santos, a decisão faz parte de uma ação maior da instituição que quer atender melhor o segmento de menor renda, com rendimento mensal de até um salário mínimo (R$ 415,00).
Neste sentido, um plano de negócio começa a ser criado pela instituição já nesta sexta-feira com previsão de conclusão em até 90 dias. A continuidade ou não da marca Banco Popular dependerá do resultado de uma pesquisa a ser realizada junto a clientes. O atendimento, no entanto, não sofrerá mudanças.
Conforme o vice-presidente de varejo do BB, a incorporação vai permitir reduzir gastos e aumentar a sinergia entre o BB e o Banco Popular. Ele nega que a decisão seja resultado de um erro estratégico cometido em 2003, quando se decidiu criar o Banco Popular. “Uma nova marca tem dificuldade de se firmar, ainda mais ao lado de outra que tem 200 anos, que é a do Banco do Brasil. Não era de se esperar que o Banco Popular se sedimentasse em quatro anos”, diz Milton Luciano dos Santos.
Na avaliação do diretor de Bancos Federais da FETEC/CUT-SP, Marcel Barros, embora não seja de 2003, houve sim erro estratégico. “Ele ocorreu no ano passado, com a implementação do ‘pacote de maldades’, que trouxe dentre as novas regras a determinação de que clientes de baixa renda não seriam mais atendidos em agências, mas apenas em canais alternativos”.
De acordo com Barros, neste período, o pacote fez a felicidade dos bancos privados. “A direção do BB constatou a deterioração ao constatar que grande parte da população é de baixa renda”, conclui o dirigente.
Fonte: Lucimar Cruz Beraldo, Fetec-SP, com informações Agência Estado