O Comando Nacional dos Bancários, coordenado pela Contraf-CUT, se reúne nesta terça-feira, dia 11, às 10 horas, em São Paulo, para avaliar a greve e ampliar ainda mais o movimento, diante do silêncio da Fenaban em retomar as negociações e apresentar uma proposta decente para a categoria. A reunião será realizada na sede da Contraf-CUT (Rua Líbero Badaró, 158 – 1º andar), no centro da capital paulista.
A greve começou no dia 27 de setembro e completa 14 dias nesta segunda-feira, dia 10, paralisando bancos públicos e privados em todos os 26 estados e no Distrito Federal. Na última sexta-feira, dia 7, o movimento parou 8.951 agências e vários centros administrativos, segundo balanço da Contraf-CUT, a partir dos dados enviados pelos sindicatos de todo país.
“Vamos avaliar a força da greve, a maior dos últimos 20 anos, e procurar intensificar ainda mais as paralisações, a fim de quebrar a intransigência dos bancos públicos e privados. Nós apostamos no diálogo e na negociação para resolver o impasse”, afirma Carlos Cordeiro, presidente da Contraf-CUT e coordenador do Comando Nacional.
“Os bancos lucraram mais de R$ 27,4 bilhões somente no primeiro semestre deste ano e, por isso, eles têm plenas condições de fazer uma proposta que seja capaz de atender as justas reivindicações dos bancários”, ressalta.
A paralisação começou após as assembleias dos sindicatos rejeitarem a proposta de reajuste salarial de 8%, que representa apenas 0,56% de aumento real. Desde o início da greve, nenhuma nova proposta foi feita pela Fenaban.
A categoria reivindica reajuste de 12,8% (5% de aumento real mais a inflação do período), valorização do piso, maior Participação nos Lucros e Resultados (PLR), mais contratações, fim da rotatividade, combate ao assédio moral, fim das metas abusivas, mais segurança, igualdade de oportunidades e melhoria do atendimento aos clientes.
“Queremos emprego decente”, reitera o presidente da Contraf-CUT.