Casa 3 do Santander e matriz do Real mobilizados pelo emprego

Representantes do Sindicato estiveram bem cedo na porta do Casa 3 do Santander, em Interlagos, e da matriz do Real, na Avenida Paulista. Os atos em defesa do emprego aconteceram nos dois bancos, que anunciaram a fusão no final de 2007.

O objetivo da mobilização foi alertar os trabalhadores para a importância do movimento que está sendo feito para preservar postos de trabalho e direitos dos bancários nas duas instituições. “Várias propostas com criação de vagas e alternativas para evitar demissões já foram apresentadas pelo Sindicato. Existe carência de funcionários na rede de agências dos dois bancos, o que comprova que uma tentativa de demissão neste momento não faz o menor sentido”, alerta Paulo Salvador, diretor do Sindicato e presidente da Associação dos Funcionários do Grupo Santander (Afubesp). O diretor relata que a reação dos trabalhadores foi positiva e a ação do Sindicato elogiada.

No Casa 3, o ato foi até às 10h. Dirigentes sindicais conversaram com funcionários e distribuíram a Folha Bancária. “Estamos em processo de negociação com o banco e mesmo assim resolvemos mobilizar alguns locais de trabalho e chamar a atenção do Grupo Santander, que precisa respeitar o Brasil e os brasileiros. Uma instituição financeira que acaba de fazer uma fusão bilionária não pode deixar em troca o desemprego e a devastação na vida das famílias de seus funcionários”, acrescenta Paulo Salvador.

Na Avenida Paulista a ação também começou logo cedo, com entrega da Folha Bancária e muita conversa com os trabalhadores sobre a preservação do emprego. “Ainda apostamos na negociação e na seriedade com que vamos ser tratados na mesa, com consideração às propostas que já apresentamos ao banco nas reuniões anteriores”, diz a diretora do Sindicato e funcionária do Real Roseane Rodrigues.

A dirigente apurou, durante o protesto, denúncias que vem recebendo por e-mail, a respeito da extrapolação de jornada de cinco a dez horas. “Alguns departamentos aqui na matriz estão funcionando 24 horas, o que foi confirmado pelos trabalhadores nesta terça. São fatos que comprovam que em vez de demitir é necessário contratar ou realocar, e vamos tomar providências a esse respeito”, alerta Roseane.

Fusão – A incorporação do Real deve garantir uma economia de R$ 2,7 bilhões nos custos operacionais do grupo Santander, somente no Brasil. No dia 6 de janeiro aconteceu uma negociação entre os representantes dos bancários e o Santander, com avanços muito aquém do esperado pelos trabalhadores. Uma nova rodada está prevista para o próximo dia 22.

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