Mais de 50% das agências da Grande Florianópolis estão fechadas. Na Caixa a adesão é de 100%, no BB/BESC é de 75% e no BB é de 85%.
Todos os dias os dirigentes sindicais do Sindicato dos Bancários de Florianópolis e Região e bancários da base vão para frente das agências, onde distribuem material e dialogam com a população, explicando os motivos da greve e as reivindicações da categoria.
A greve em Santa Catarina cresce e se fortalece a cada dia e já atinge todas as bases sindicais da FETEC/SC. Blumenau (foto), São Miguel do Oeste, Florianópolis, Criciúma, Concórdia, Chapecó, Joaçaba, Araranguá e Videira continuam na greve.
Nesta segunda-feira, 5 de outubro, 12º dia da greve nacional, os bancários da Grande Florianópolis se reúnem numa plenária para avaliar o movimento, às 17 horas, no Auditório da FECESC (Federação dos Trabalhadores do Comércio de Santa Catarina), na Avenida Mauro Ramos, 1624, no centro da capital catarinense.
Truculência policial em São José
Na tarde da última sexta-feira, 2 de outubro, a truculência de um policial civil fora do serviço levou para delegacia um bancário na cidade de São José, na Grande Florianópolis. Sem nenhuma razão ou amparo legal o policial – de chinelo e bermuda – escolheu um bancário entre os demais e deu voz de prisão ao trabalhador que protestava em frente à agência do Bradesco.
O bancário foi liberado ainda na sexta-feira, pois não havia razão alguma para a prisão dele, já que exercia um direito legítimo e constitucional de fazer greve.
No mesmo dia, em audiência prévia na 2ª Vara do Trabalho, o juiz Alexandre Luiz Ramos ouviu o banco e Sindicato, e como não houve acordo, postergou a decisão para esta semana. Ou seja, o banco não conseguiu o famigerado interdito proibitório, instrumento de natureza cível usado indevidamente pelos banqueiros para restringir o direito de greve.
O Sindicato repudia o ocorrido e tomará todas as medidas legais necessárias para proteger o direito de greve dos trabalhadores na sua base.
