Os bancários estão realizando um Dia Nacional de Luta nesta segunda-feira 3, com manifestações e paralisações parciais em todo o país, para pressionar a Fenaban a apresentar uma proposta que contemple as reivindicações da categoria na rodada de negociação desta terça-feira 4, às 15h, em São Paulo. O Comando Nacional dos Bancários, coordenado pela Contraf-CUT, considerou insuficiente a primeira proposta dos bancos, apresentada na semana passada, de reajuste de 6% (cerca de 0,7% de aumento real) sobre todas as verbas salariais.
“Queremos construir um bom acordo na mesa de negociação, o que dependerá exclusivamente dos bancos. Condições financeiras eles têm de sobra, uma vez que somente os seis maiores apresentaram R$ 25,2 bilhões de lucro líquido no primeiro semestre, mesmo provisionando R$ 39,15 bilhões para devedores duvidosos, um grande exagero para uma inadimplência que cresceu apenas 0,7 ponto percentual no período”, afirma Carlos Cordeiro, presidente da Contraf-CUT e coordenador do Comando Nacional.
“Os bancos não podem recusar nossas reivindicações depois de o Dieese ter mostrado que 97% dos 370 acordos salariais fechados no primeiro semestre no Brasil foram superiores à inflação, com aumento real médio de 2,23%, mais que o triplo do que a Fenaban propôs. E dos setores econômicos que fizeram esses acordos nenhum deles é mais dinâmico e lucrativo que o sistema financeiro”, argumenta Carlos Cordeiro.
“Por todas essas razões, os bancários estão se mobilizando em todo o país. Se for necessário, vamos à greve novamente caso os bancos rejeitem nossas reivindicações, que além do reajuste de 10,25% incluem valorização do piso, melhoria da PLR, mais contratações e garantias contra demissões imotivadas, avanços no combate ao assédio moral, fim das metas abusivas, mais segurança e igualdade de oportunidades”, adverte o presidente da Contraf-CUT.
Confira abaixo os atos dos bancários no Dia Nacional de Luta:
Bancários de São Paulo param agências e protestam por valorização
Bancários do Rio paralisam agências e mandam recado aos bancos
Bancários de Brasília paralisam agências e exigem proposta sem truques
Bancários de Porto Alegre param agências por proposta digna da Fenaban
Bancários paralisam agências em Curitiba no Dia Nacional de Luta
Bancários param agências em Recife e cobram avanços nas negociações
Bancários de Cuiabá paralisam agências e cobram proposta decente
Bancários param agências em Maceió e cobram proposta decente dos bancos
Bancários de João Pessoa criticam proposta insuficiente da Fenaban
Bancários paralisam agências em Porto Velho e pressionam Fenaban
Paralisação de advertência dos bancários pressiona bancos em Vitória
Bancários de Teresina param e pressionam bancos a melhorar proposta
No Dia Nacional de Luta, bancários paralisam em Campina Grande
Bancários de Campinas paralisam agências no dia nacional de luta
Bancários de Londrina param agências e cobram avanços da Fenaban
Bancários de Dourados paralisam agências à espera de proposta decente
Bancários de Jundiaí param agências na véspera da negociação com Fenaban
No dia nacional de luta, bancários de Piracicaba paralisam agências
Bancários param agências em São José do Rio Preto e cobram avanços
Veja como foram as últimas rodadas de negociação com a Fenaban:
* Bancários retomam negociação sobre remuneração com a Fenaban na terça
* Comando considera 6% insuficiente. Negociação continua nesta quarta
* Contraf-CUT reivindica negociação sobre emprego banco a banco
* Negociações salariais têm melhores resultados desde 1996, aponta Dieese