O Sindicato dos Bancários do Pará, a Fetec-CN e a Contraf-CUT participaram na segunda-feira (7) da assinatura do contrato entre o Banco da Amazônia e a Delloitte, consultoria vencedora do certame que irá elaborar o novo modelo de Gestão de Pessoas do banco.
“A expectativa dos empregados é ter a valorização da remuneração, um processo de encarreramento justo, além da criação de possibilidades de crescimento na empresa. Esperamos ainda que o trabalho a ser desenvolvido leve em consideração a especificidade das atividades dos empregados aqui na região, que é bem diferente das grandes e mais ricas metrópoles, uma vez que temos a maior extensão territorial, sem contar as dificuldades de locomoção e comunicação. É importante que o banco dê lucros sim, mas que sobretudo cumpra com sua missão na região, através do crédito de fomento para o desenvolvimento da Amazônia”, destaca o vice-presidente da Fetec-CN e funcionário do banco, Sérgio Trindade.
Segundo um dos responsáveis pelo projeto, o novo modelo de Gestão de Pessoas do Banco da Amazônia abrange a elaboração do Plano de Cargos, Carreira e Remuneração (PCCR) e a reestruturação do RH.
A previsão é de que a conclusão do projeto ocorra em até 2 anos e 9 meses, sendo 15 meses para implantação total do novo modelo e os outros 18 para consultoria e ajustes. O projeto será entregue em fases, na medida em que elas forem concluídas, o que pode acontecer antes do prazo estipulado.
Para as entidades sindicais é importante que o prazo seja obedecido e que elas possam acompanhar o processo, e que também o funcionalismo seja ouvido durante a implantação do projeto.
“Esperamos também que esse novo modelo diminua as disparidades que existem hoje, afinal os empregados do Banco da Amazônia são os que têm a pior remuneração entre todos os empregados de bancos públicos, além disso, o Banco da Amazônia é também o único que não patrocina sua Caixa de Assistência de saúde, o que compromete boa parte dos salários de todo o funcionalismo”, afirma o diretor jurídico do Sindicato e também funcionário do banco, Cristiano Moreno.
Para o vice-presidente do Sindicato e também empregado do Banco da Amazônia, Marco Aurélio Vaz, “é importante a construção de um modelo que atenda as expectativas da categoria que por muitas vezes foi frustrada por promessas não cumpridas no passado. A implantação do novo PCCS ou PCCR é um dos grandes anseios do funcionalismo do Banco da Amazônia, já que o atual plano está defasado e cheio de disparidades há cerca de 18 anos. Esperamos que o novo PCCR valorize todos os técnicos bancários, científicos e o quadro de apoio do banco”.