Dia Nacional de Luta: Metalúrgicos do ABC cruzam os braços e vão às ruas

O Sindicato dos Metalúrgicos do ABC comanda nesta quarta-feira (11), a partir das 7h30, na portaria da Volkswagen (Km 23 da via Anchieta), em São Bernardo do Campo, manifestação que vai reunir milhares de trabalhadores da categoria para protestar contra as demissões. O ato integra mobilização nacional organizada pela CUT para marcar o Dia Nacional de Lula pelo Emprego e Salário em todo o Brasil.

O protesto batizado pela CUT de Querem lucrar com a crise. A classe trabalhadora não vai pagar esta conta vai cobrar responsabilidade social de empresários – que sob a desculpa da crise mundial, estão demitindo e cortando salários, apesar de terem vivido cinco anos consecutivos de recordes de produção, vendas e faturamento -; denunciar que os banqueiros continuam dificultando o crédito com o spread e os juros mais altos do mundo, apesar da ajuda federal, e que o governo do Estado de São Paulo nada tem feito para combater a crise no Estado mais rico da Federação.

A manifestação também vai reivindicar que o governo federal exija que todas as empresas que receberem isenção de impostos ou empréstimo com dinheiro público se comprometam a não demitir, sob pena de punição. Durante o protesto, os trabalhadores também receberão informes sobre a organização do seminário regional que vai reunir prefeitos, sindicatos e empresários do ABC para debater e elaborar propostas de combate à crise e às demissões e pela retomada do crescimento econômico

O SINDICATO E A CUT PROTESTAM E EXIGEM MEDIDAS CONTRA:

1 – Falta de responsabilidade social dos empresários;

2 – Demissões e redução de salário;

3 – Oportunismo das empresas por usar a crise mundial como desculpa para demitir;

4 – Retenção de crédito que impede, dificulta e encarece o financiamento ao consumidor final, apesar do aporte do governo federal;

5 – Spread (lucro dos bancos com empréstimo) no Brasil, que é o maior do mundo e 11 vezes maior que o dos países desenvolvidos;

6 – Juros altos também o maior do mundo;

7 – A falta de ação do governo de São Paulo, que apesar de ser o Estado mais rico da Federação concentra 44% dos desempregados. Há uma série de medidas em nível estadual que poderiam ter sido tomadas para evitar demissões, como fez, por exemplo, o governo do Amazonas, onde houve um acordo de renúncia fiscal com os empresários em troca da manutenção e estabilidade de 8 mil empregos na Zona Franca de Manaus. A medida do governo amazonense evitou as demissões de 2.100 trabalhadores do setor termoplástico. Acordo similar já havia sido feito com os fabricantes de motocicletas, garantindo outros 22 mil empregos;

8 – Pelo uso do superávit primário para garantir programas sociais e investimentos em obras que gerem emprego;

9 – Pela garantia de que os governos exijam contrapartidas sociais e manutenção de emprego de empresas beneficiadas por isenção fiscal e empréstimos públicos.

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