Aconteceu neste dia 6 rodada de negociação com a Caixa para continuação do debate para definição dos critérios de avaliação de desempenho para a promoção por merecimento no âmbito do novo PCS.
O tema já foi tratado em uma comissão específica, formada por seis representantes dos empregados e seis da empresa, mas não foi alcançado acordo. Os trabalhos foram encerrados no dia 25 de setembro, sem qualquer acordo, porque a Caixa mais uma vez rompeu com o negociado ao insistir em colocar metas individuais como um dos critérios objetivos. O foco da empresa na Gestão de Pessoas por Competências (GPC) levou também a que não houvesse acordo sobre os critérios que deveriam ser implantados. Dado o impasse, ficou acertado que o tema seria remetido para a mesa de negociação da Campanha Nacional dos Bancários.
A reunião deste dia 6 trouxe alguns avanços, mas não encerrou as diferenças. A Caixa reconheceu que algumas das demandas que estavam sendo colocadas pelos seus representantes na comissão específica sobre o tema estavam em desacordo com o que havia sido negociado e aceitou várias propostas dos trabalhadores.
O banco aceitou na íntegra a proposta dos trabalhadores a respeito dos critérios subjetivos da avaliação. Os empregados apresentaram a proposta de que a avaliação seja feita com base em quatro critérios, sendo dois fixos e dois definidos pelos bancários em cada dependência. Pela proposta, os dois fixos serão Atendimento aos clientes e Trabalho em equipe. Os outros dois seriam escolhidos nas unidades entre sete itens: Relacionamento interpessoal, Disposição para mudanças, Foco no interesse público, Negociação, Visão sistêmica, Solução de problemas e Conhecimento do trabalho.
No entanto, não houve acordo em relação aos critérios objetivos da avaliação. Os representantes dos trabalhadores propuseram os seguintes itens para essa avaliação: Freqüência, ressalvados os casos de Licença Maternidade, Paternidade, Aleitamento, Adoção, LAT, LTS, APIP, LP, Licença para Campanha Eleitoral, compensação de horas-extras, férias, greve, Licença para Estudos Especializados e outras situações consideradas faltas justificadas; Formação, com pontuação diferente para cada nível escolar; cursos realizados no Universidade Caixa; e Ação Voluntária, ou seja, participação comprovada em ações de voluntariado, promovendo a valorização humana, voltada à inclusão social.
O banco aceitou apenas o critério Freqüência e propôs que esse seja o único critério objetivo na avaliação, o que não foi aceito pelos trabalhadores. “O ideal é que a avaliação se baseie em quatro critérios subjetivo e quatro objetivos, pois mesmo com a avaliação cruzada, conquistada nas negociações do PCS, há chance de distorções na avaliação dos critérios subjetivos que possam prejudicar os empregados. Os objetivos ajudam a balancear essa situação”, avalia Jair Ferreira, coordenador da Comissão Executiva dos Empregados da Caixa da Contraf-CUT (CEE Caixa).
Outra discordância aconteceu na queastão da quantidade de deltas a serem distribuídos. A Caixa propõe que 30% dos empregados recebam dois, 50% recebam um e 20% recebam zero. Já os representantes dos trabalhadores reivindicam que 30% dos empregados recebam dois deltas, 60% um e 10% zero, porém com uma linha de corte que garanta o pagamento de um delta aos empregados cuja nota fique abaixo da média nacional (mediana ou média das médias) até 20%. A Caixa ficou de verificar a possibilidade de aceitar essa linha de corte, porém adiantou que considera o índice de 20% abaixo da mediana muito elevado e, caso venha a aceitar a proposição, será com um índice menor do que esse.
Ficou acertado entre as partes que os representantes dos bancários irão avaliar a proposta e a discussão continuará na mesa de negociação da Campanha Nacional dos Bancários.