Sem ar condicionado, agência Rio Centro do Bradesco parece forno

Mesmo tendo alcançado o quarto maior lucro da história do sistema financeiro brasileiro – R$ 8,605 bilhões -, nos nove primeiros meses de 2012, alta de 2,1% sobre igual intervalo de 2011, o Bradesco continua tratando com desprezo bancários e clientes. Um exemplo deste comportamento é a agência Rio Centro. Sob a alegação de que a unidade passará a funcionar na Rua Buenos Aires, desde maio a gerência geral do banco vem deixando de realizar a manutenção adequada das instalações.

O resultado é que há cinco meses os banheiros do refeitório, situado no terceiro andar, foram interdidatos por ter ralos e pias entupidas, louças quebradas e válvulas do sanitário sem funcionar. A gerência geral alega que o custo do conserto seria muito alto, R$ 20 mil, e que não compensaria, já que a agência teria suas atividades transferidas dia 29 de janeiro.

Para piorar, há 25 dias o ar condicionado está sem funcionar nos quatro andares ocupados pelo banco o que transformou a agência e o Prime num verdadeiro inferno, com o ar abafado e quente. Bancários e clientes reclamam e passam mal a todo o momento. Mas ninguém soluciona este caos.

Pressão do Sindicato

Os diretores do Sindicato dos Bancários do Rio de Janeiro, Nanci Furtado e Luiz Halm, vêm cobrando uma solução para o banheiro, porém sem serem atendidos. “Em relação ao banheiro, além de alegar a mudança de local para não fazer a obra, a gerência geral chegou ao absurdo de sugerir que os bancários lavassem as mãos na pia da copa. O Sindicato não afasta suspender as atividades da agência, caso as providências não sejam tomadas de imediato”, afirmou Nanci.

Luiz entrou em contato com a gerente de Relações Sindicais do Bradesco, Silvia Eduara Cavalheiro, exigindo a solução imediata para a grave situação. “Ela repetiu a mesma coisa, confirmando os absurdos sugeridos pela gerente geral. Disse que a obra do banheiro não seria feita e que os quatro compressores do ar-condicionado teriam sido levados para conserto em São Paulo e estariam de volta ao Rio de Janeiro em dez dias. Outro absurdo ainda mais se tratando de um banco que tem tido lucros bilionáros, recordes, enriquecendo às custas dos bancários e dos clientes”, destacou.

Nanci acrescentou que o banco só atendeu uma das reivindicações apresentadas pelo Sindicato que, na verdade, é um paliativo contra o calor excessivo: a não obrigação do uso da gravata. “Também reivindicamos a compra de ventiladores, mas foram instalados pequenos aparelhos que não resolvem em nada a situação”, disse a dirigente sindical.

Compartilhe:

Compartilhar no facebook
Facebook
Compartilhar no twitter
Twitter
Compartilhar no whatsapp
WhatsApp
Compartilhar no telegram
Telegram