Em Aracaju, sem provocar qualquer incidente, os manifestantes conseguiram fechar as rodovias de acesso à capital sergipana e realizaram barricadas nos principais bairros da cidade. As três empresas privadas de transporte urbano (Viação Atalaia, Modelo e Progresso/Tropical) não conseguiram liberar sua frota. Juntas essas empresas têm cerca de 600 ônibus e 3.500 funcionários (motoristas e cobradores).
Além dos serviços públicos, as escolas privadas também desistiram de abrir às portas. Agora, as centrais sindicais estão no centro aracajuano, para manter a greve no comércio e nos bancos públicos e privados. Ainda nesta sexta-feira (28), as centrais sindicais CUT, CTB, CSP Com Lutas e UGT farão um grande ato, a partir das 14h, na Praça General Valadão.
“Na madrugada desta sexta-feira, 28, dia “D” o movimento unitário contra Temer e as reformas trabalhista e da previdência. Desafiou o governo do golpista Temer e vai impedir a concretização de retirada e enfraquecimento de direitos fundamentais dos trabalhadores, arrolados no Projeto de Lei da 'Reforma Trabalhista'", afirma o presidente da CTB, Edival Góis.
Bancos e comércio
A presidenta do Sindicato dos Bancários de Sergipe (SEEB/SE), Ivania Pereira afirmou que a greve de hoje ficará na história do país. “Depois de participar dos atos da madrugada, nos da diretoria do Sindicato dos Bancários estamos reiterando aos bancários e bancárias a aderir à paralisação, conforme definido na Assembleia Extraordinária e Geral, no dia 17.04. Lembramos que é livre o direito de o trabalhador aderir a esse movimento e apostamos na participação vigorosa da nossa categoria”, afirma Ivânia Pereira.
A sindicalista destacou os apoios à paralisação nacional de instituições como a Confederação Nacional dos Bispos (CNBB) e do Mistério Público do Trabalho (MPT). Ontem (27), o procurador-geral do, Ronaldo Fleury comunicou à sociedade posição contraria às reformas e destacou que à greve é um direito fundamental assegurado pela Constituição Federal’.