Os faróis da Avenida Paulista, entre as estações de metrô Brigadeiro e Trianon, serão pontos de protesto nesta quinta 28, a partir das 10h. Os bancários abrirão faixas no centro financeiro de São Paulo para se manifestar contra as demissões promovidas pelo Itaú Unibanco.
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Às 11h, eles concentram-se em frente ao Masp, de onde sairão em cortejo até a Avenida Brigadeiro Luiz Antonio, para o Centro Administrativo Brigadeiro, antigo Majolão, prédio do Itaú com cerca de 2 mil bancários.
Os trabalhadores farão o trajeto carregando cruzes e dois caixões, mas não estarão vestidos de luto e sim com roupas brancas pedindo pela paz no ambiente de trabalho.
A atividade será realizada pelo Sindicato dos Bancários de São Paulo e contará com o apoio da Fetec-CUT/SP, Contraf-CUT e UNI Américas Finanças.
“As demissões no Itaú Unibanco não estão acontecendo somente no Brasil, mas também em outros países. Continuaremos intensificando nossas atividades para que o banco respeite o emprego e o trabalho decente”, afirma Julio César Silva Santos, diretor do Sindicato.
O protesto também será uma forma de pressão para a construção de acordos marcos globais, válidos para os bancários de todos os países da América onde o Itaú Unibanco atua. “Vamos lutar para construir ações concretas para enfrentar problemas comuns e ampliar conquistas”, afirma Juvandia Moreira, presidenta do Sindicato.
“Vamos mostrar aos clientes e à sociedade o enorme descaso do Itaú com o emprego decente no Brasil. Queremos o fim imediato das demissões e a contratação de mais funcionários para melhorar as condições de trabalho e garantir atendimento decente aos clientes”, destaca Carlos Cordeiro, presidente da Contraf-CUT e da UNI Américas Finanças.
Sustentabilidade
As demissões e o clima de tensão, que leva ao adoecimento de funcionários, são incompatíveis com o título de banco sustentável entregue recentemente ao Itaú Unibanco pelo jornal inglês Financial Times. Os dirigentes sindicais argumentam que as práticas do banco, com demissão de funcionários e cobrança de metas abusivas, são absolutamente contraditórias com o prêmio.
“Além do respeito ao meio ambiente, a sustentabilidade pressupõe respeito aos trabalhadores, manutenção de empregos e um ambiente de trabalho saudável. Não é o que tem acontecido na instituição, onde as demissões e as metas de mais de 150% têm causado adoecimento dos funcionários e instaurado um clima de terror no banco”, completa Júlio.