28 de Maio: o Brasil mobilizado pela redução da jornada

Paralisações, assembléias, atos e passeatas marcaram o 28 de maio, Dia Nacional de Mobilização e Luta das centrais sindicais pela Redução da Jornada de Trabalho sem redução de salário. Conforme estudos do Dieese, além de proporcionar ao trabalhador mais tempo livre para o lazer, o estudo e o convívio familiar, a medida poderá gerar mais de dois milhões de empregos.

Além da redução constitucional para 40 horas semanais, os trabalhadores reivindicam a ratificação das Convenções 151 – que possibilita a negociação coletiva no setor público – e 158 – que coíbe a demissão imotivada – da Organização Internacional do Trabalho.

“Mais uma vez, a bandeira cutista tremulou bem alto de Norte a Sul, afirmando a garra da nossa militância e o compromisso com um projeto nacional de desenvolvimento que gere emprego e distribua renda. A redução da jornada e a ratificação das convenções 151 e 158 significam um passo importante na melhoria das condições de vida e trabalho da classe”, declarou o presidente nacional da CUT, Artur Henrique.

Segundo Artur, a mobilização conjunta com as demais centrais é um elemento chave para ampliar a pressão social a fim de sensibilizar o Congresso Nacional para que ouça o clamor das ruas. O presidente cutista conclamou as CUTs estaduais, Ramos, Confederações e Federações a se somarem na próxima terça-feira, 3 de junho, em Brasília, quando serão entregues as centenas de milhares de abaixo-assinados coletados em favor da redução da jornada.

Confira abaixo o quadro parcial das mobilizações, coletado até as 18 horas de quarta-feira.

SÃO PAULO – GRANDE SP E INTERIOR
São Paulo: Cerca de 5 mil bancários participaram de mobilização na cidade de São Paulo. Agências das ruas 24 de Maio, Barão de Itapetininga, Conselho Crispiniano, Sete de Abril e Praça da República abriram às 11h. Os bancários do Centro Novo da capital paulista atrasaram a abertura de 20 agências.

ABC: As atividades aconteceram na parte da manhã. O Sindicato realizou atos, assembléias e paralisações nas portarias da Volkswagen, Scania, Ford e Mercedes-Benz. Também foram realizadas panfletagens na Praça da Matriz, em São Bernardo, e na Praça da Moça, em Diadema. A mobilização reuniu cerca de 25 mil trabalhadores na região.

Sorocaba: Paralisações por duas horas nas empresas Tecsis e Flextronics, que juntas têm três mil funcionários. Na zona industrial, a movimentação dos sindicalistas teve início por volta das 5h20. Os ônibus com os metalúrgicos da Tecsis e da Flextronics foram desviados para a avenida Jerome Case, onde aconteceu uma assembléia.

Taubaté: Os trabalhadores na Pelzer realizaram uma paralisação de duas horas na parte da manhã.

Itu: O Sindicato dos Metalúrgicos realizou uma paralisação de meia-hora no turno da tarde na empresa Eucatex, que envolveu cerca de 500 trabalhadores.

Pindamonhangaba: O Sindicato e a Subsede da CUT Vale do Paraíba organizaram na parte da tarde um ato unificado na Praça Monsenhor Marcondes, centra da cidade.

PARANÁ
Passeatas, protestos, atrasos na entrada de turno atingiram 1 milhão de pessoas. Por volta das três horas da madrugada, os militantes das centrais se concentraram em diversos pontos de Curitiba.

RIO GRANDE DO SUL
Mobilizou com cerca de mil trabalhadores com ato político, caminhada e panfletagem no centro de Porto Alegre. O presidente da CUT e de outras centrais entregaram documento sobre os benefícios da redução da jornada de trabalho ao Superintendente Regional do Trabalho, Heron de Oliveira.

PERNAMBUCO
Manifestação no centro da cidade, ato pólítico e coleta de assinaturas para abaixo-assinado.

ESPÍRITO SANTO
Cerca de mil trabalhadores e trabalhadoras atrasaram entrada na Vale.

TOCANTIS
Ato público em frente à DRT

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