Na última terça-feira, 05, dirigentes do Sindicato dos Bancários de Macaé foram informados de que os gerentes das agências do Itaú Unibanco em sua base receberam ordens de abrir as unidades por força de interdito proibitório. Os gestores teriam recebido um fax com a liminar e a orientação para iniciarem o atendimento ao público a partir das 15h. Como o sindicato não foi notificado, os dirigentes desconfiaram e foram até as agências, que tinham o documento afixado na porta, para averiguar.
Quando os sindicalistas chegaram, verificaram que havia algo de errado com a cópia da decisão judicial. Anotaram o número do processo e foram consultá-lo no site do TRT. O resultado foi surpreendente: tratava-se de uma liminar obtida pelo Itaú/Unibanco junto à 2ª Vara do Trabalho de Campos contra o sindicato local. Mas no fax que estava afixado nas portas das agências estava escrito “2ª Vara do Trabalho de Macaé”.
O detalhe é que a liminar de Campos foi cassada naquele mesmo dia, já que foi concedida com base em provas falsas. As fotografias usadas pelo banco para justificar o pedido de interdito proibitório eram da greve de 2009 nas agências da capital, Rio de Janeiro.
> Saiba mais: Justiça de Campos reverte interdito porque Itaú forjou provas com fotos falsas
Como a ação de interdito proibitório se referia a entidade e outra base, não abrangia às agências macaenses. A greve no município não foi prejudicada e continua forte. . “Repudiamos a tentativa do Itaú Unibanco de tentar enganar o Sindicato e seus funcionários com tal atitude”, declarou André Gebara, presidente do Sindicato dos Bancários de Macaé.