(Rio de Janeiro) O emprego com carteira assinada cresceu 0,64% no país em junho com a criação de 181.667 novas vagas de trabalho formal. Apesar disso, o ritmo de crescimento das contratações foi menor do que o registrado em maio, que cresceu 0,75%, quando foram gerados mais de 212 mil novos postos com carteira assinada.
A geração de postos de trabalho com carteira assinada melhorou em relação a junho do ano passado, que teve cerca 155 mil contratações. Com o resultado de junho, o país fecha o primeiro semestre de 2007 com 1.095.503 novas contratações no mercado formal de trabalho, um recorde no crescimento do emprego (3,96%) para período de janeiro a junho.
Os dados foram divulgados hoje, 13 de julho, no Rio de Janeiro, pelo ministro do Trabalho, Carlos Lupi, e são baseados no Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) mantido pelo ministério. Para Lupi, a desaceleração no crescimento do emprego nos meses de maio e junho é natural para essa época do ano e o recorde semestral mostra um movimento contínuo de melhoria no mercado de trabalho como conseqüência da condução adequada da economia no país.
“A geração do emprego formal, celetista, é uma comprovação disso, do acerto da política econômica do governo Lula, que precisa diminuir mais os juros, mas eles estão em ritmo de diminuição, o crescimento é acentuado, as exportações crescendo, o Brasil tendo sua melhor reserva histórica cambial, o menor risco país.
Todos esses fatores conjugados estão gerando esse crescimento dos empregos formais no Brasil.”
Com exceção da administração pública, todos os outros setores da atividade econômica aumentaram as contratações no mês de junho. O segmento que mais gerou emprego foi a agropecuária (expansão de 4,11% com 66.132 postos de trabalho), principalmente por causa do bom desempenho na cultura do café e de frutas cítricas nos estados de São Paulo e Minas Gerais.
A segunda maior contribuição para a criação de vagas foi da construção civil, onde o avanço nas contratações atingiu 1,29%, o maior crescimento do emprego no setor verificado no mês de junho. O comércio e a indústria de transformação também aumentaram as contratações em 0,45% e 0,41%, respectivamente.
Todas as regiões do país tiveram expansão no número de empregos formais em junho. Somente dois estados, Espírito Santo e Rio Grande do Sul, apresentaram retração no emprego. No caso gaúcho, a causa é a crise na indústria do couro e no Espírito Santo, o recuo foi observado no setor agrícola ligado ao cultivo do café.
De acordo com o ministro do Trabalho, a geração de emprego deve se acentuar mais no segundo semestre com implementação das obras do Plano de Aceleração do Crescimento (PAC), que ainda estão em fase de contratação. A estimativa de Lupi é que o Brasil feche o ano com a criação de 1 milhão e 600 mil postos de trabalho formais, o que seria um recorde histórico.
Fonte: Agência Brasil