Uma caixa do Itaú Unibanco, com 10 anos de banco, lotada na agência de Itaipava (RJ), recebeu na última semana um comunicado de dispensa, após retornar de licença-maternidade por um motivo absurdo e injustificável: “a funcionária não se enquadra no novo perfil do banco”, ou seja, venda de produtos.
A ordem partiu do gerente regional que não por acaso se encontra no Marrocos, usufruindo de uma premiação do programa Agir (Ação Gerencial Itaú para Resultados), alcançado pelos esforços de seus funcionários que enfrentam em sua rotina diária o assédio moral e as ameaças de demissão caso as metas não sejam atingidas.
Além disso, como poderia a funcionária ter sido avaliada no programa “trilhas” (programa semestral de resultados), se a mesma estava de licença-maternidade?
“A segunda maior instituição financeira do país não se importa com a trabalhadora que se desdobra todos os dias para cumprir as metas impostas. Sobrecarregados pela falta de funcionários dentro das agências, a situação gera angústia e causa adoecimentos. Tanto bancários quanto clientes são prejudicados. Infelizmente a atitude do banco não combina com sua política de sustentabilidade, pois o que observamos é uma enorme falta de respeito e irresponsabilidade social”, declarou o diretor do Sindicato dos Bancários de Petrópolis, Sávio Barcellos.