Uma das pilhas de documentos para os caixas autenticarem, como mostra a foto ao lado. A sobrecarga de trabalho leva os bancários a trabalhar até 12 horas diárias.
Para autenticar a infinidade de documentos que chegam ao centro de atendimento a empresas, dentro da agência do Itaú no estacionamento do Barrashopping, no Rio de Janeiro, os cinco funcionários ali lotados dobram a jornada.
O Sindicato dos Bancários do Rio constatou essa dura realidade, durante a visita dos diretores Carlos Maurício, Celso Fumaux e Anderson Peçanha. Cada bancário cumpre uma meta de 1.300 autenticações diárias.
Para dar conta desse volume de documentos que chega de empresas da Barra de Tijuca, cada bancário tem que trabalhar até 12 horas diárias.
Providências
Em contato com o gerente de Relações Sindicais do Itaú Unibanco, Brunno Cavalcanti, a diretoria do Sindicato cobrou providências no sentido de que a jornada seja respeitada. Segundo Bruno, a gerente (GSO Barra da Tijuca) Márcia Afonso teria assegurado a redistribuição dos documentos para outras unidades ou um reforço de pessoal para executar o processamento.
No fim da tarde da segunda-feira (10), entretanto, o dirigente sindical Celso Fumaux foi informado de que nada disso foi providenciado. “O Sindicato vai tomar uma posição mais radical diante do descaso da GSO”, disse.
Horas extras
O Sindicato exige que o banco pague no contracheque as horas que extrapolaram a jornada normal, com o devido acréscimo previsto em lei e na Convenção Coletiva da categoria. A entidade não aceitará compensação em folgas.
“Com a reestruturação administrativa do Itaú, esse serviço ficou centralizado em poucas agências na cidade. Com isso a sobrecarga é um exagero, exigindo um esforço sobrehumano dos funcionários para executar o processamento dos documentos. O que se constata é que os adoecimentos são consequência desse trabalho dobrado”, disse o diretor do Sindicato Carlos Maurício, acrescentando que a entidade vai manter as visitas a esses locais para cobrar o fim do desrespeito à jornada de seis horas.
As denúncias sobre essa prática do banco podem ser feitas pelos telefones 2103-4172/4124/4137.