Assembleia mostra disposição de luta dos trabalhadores
Os bancários que lotaram o auditório do Sindicato dos Bancários de Belo Horizonte, durante a assembleia desta quinta-feira (22), rejeitaram a proposta apresentada pelos bancos na quarta rodada de negociação, ocorrida na terça-feira (20) e deliberaram pela deflagração da greve nacional por tempo indeterminado a partir da zero hora da próxima terça-feira (27).
Uma nova rodada de negociação ocorre com a Fenaban nesta sexta-feira (23), às 14h, em São Paulo, a fim de continuar as discussões. Na próxima segunda-feira (26), novas assembleias deverão ser realizadas pelos sindicatos em todo país para definir os rumos do movimento.
Durante a assembleia, os bancários criticaram o reajuste de apenas 7,8% sobre os salários, PLR e demais verbas (vale-refeição, cesta-alimentação e auxílio creche/baba, dentre outras). Esse índice representa somente 0,37% de aumento real.
Os bancários querem reajuste de 12,8% (inflação do período mais aumento real de 5%), PLR maior, piso do Dieese, fim da rotatividade, mais contratações, fim das metas abusivas, combate ao assédio moral, mais segurança, igualdade de oportunidades e inclusão bancária sem precarização, dentre outras reivindicações.
Os bancos lucraram mais de R$ 27,4 bilhões somente no primeiro semestre deste ano, o que comprova que eles têm condições concretas de apresentar uma proposta que garanta emprego decente para todos os bancários, como forma de valorizar os seus trabalhadores, distribuir renda e assumir um compromisso com o Brasil e os brasileiros.
O presidente do Sindicato, Cardoso, ressaltou a importância da mobilização da categoria neste importante momento de organização do movimento. “É a nossa capacidade de mobilização que vai determinar o resultado das negociações em mesa. Por isso, temos que nos mobilizar, ir para as ruas e lutar para fazermos uma greve forte para avançar e conquistar muito mais. Diante da proposta colocada pelos banqueiros, não temos outra alternativa a não ser mostrar para os bancos privados, a Caixa e o Banco do Brasil a força da nossa organização”, afirmou.