O Sindicato dos Bancários de Brasília levou hoje cerca de 500 pessoas em uma marcha pela W3 sul até a frente do Banco Central para denunciar à população os abusos dos bancos e anunciar o lançamento oficial da Campanha Nacional 2009.
Para o presidente do Sindicato, Rodrigo Britto, “a marcha é importante para mostrar a união dos trabalhadores na campanha por mais renda, emprego e direitos”. A manifestação buscou extrapolar os limites da categoria bancária, procurando unir-se aos demais trabalhadores do sistema financeiro, como os funcionários vigilantes e do transporte de valores, que também participaram da marcha, além de representantes da CUT e do MST.
Na parada em frente à agência do Bradesco no Setor Comercial Sul, Britto afirmou que precisam ser debatidas as tarifas e taxas de juros abusivas, o spread (diferença entre o juro pago pelo banco para captar o dinheiro no mercado e o que e ele cobra do consumidor) e a falta de segurança bancária e os lucros dos bancos brasileiros que, mesmo em época de crise, chegam a ser dez vezes maiores que os dos bancos europeus.
A pauta de reivindicações da Campanha Nacional dos Bancários 2009 foi entregue no último dia 10 de agosto. Entre as principais reivindicações dos trabalhadores estão reajuste de 10%, sendo 5% de aumento real (acima da inflação), Participação nos Lucros e Resultados (PLR) de três salários mais R$ 3.850, fim das metas abusivas e do assédio moral, plano de carreiras, cargos e salários (PCCS), valorização dos pisos e das verbas, mais segurança nas agências para bancários e clientes e redução dos juros e das tarifas.
A primeira reunião de negociação entre o Comando Nacional dos Bancários da Contraf-CUT e a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) está marcada para o próximo dia dia 18.