(São Paulo) Um gerente operacional do Itaú foi demitido no início deste ano depois de passar por dois assaltos em menos de quatro anos. Ele denunciou ao Sindicato de SP que sua dispensa foi motivada pelo fato de não ter cumprido procedimento de segurança exigido pelo banco durante os roubos.
O Sindicato não concorda com a justificativa e vai tentar negociar a reintegração do bancário que, durante os dois assaltos ficou sob a mira de um revólver sem condições de acionar qualquer procedimento de segurança. Na segunda vez, inclusive, ele conta que o bandido o amarrou em uma cadeira e, com um galão de álcool, ameaçou colocar fogo em seu corpo.
Mais casos
Entre os dias 4 de junho e 2 de julho pelo menos três agências foram assaltadas na Grande São Paulo. A segurança é uma reivindicação antiga do Sindicato, que cobra insistentemente dos bancos a instalação de dispositivos para evitá-los.
Dois dos roubos ocorreram no Bradesco. Em um deles, na Santa Cecília, 4 de junho, a agência não tinha porta de segurança e deixou um cliente baleado. O Sindicato cobrou a instalação, e ela foi feita. A outra agência do Bradesco assaltada foi a Antônio C.Costa, em Osasco, 2 de julho, sem vítimas.
Um terceiro registro foi no dia 29 de junho no HSBC da Vila Préu. Um bandido foi ferido.
Os dirigentes do Sindicato estiveram nos três locais exigindo a emissão da Comunicação de Acidente de Trabalho (CAT) para os bancários, mas o HSBC foi o único que emitiu. Com o documento, caso o bancário sofra alguma seqüela física ou mental futura por conta do assalto, fica caracterizado o acidente de trabalho na hora de solicitar o auxílio-doença.
Fonte: André Rossi – Seeb SP