(Porto Alegre) As direções do Sindicato dos Bancários de Porto Alegre (SindBancários) e Federação dos Bancários RS propuseram nesta quinta-feira, dia 26, a suspensão da assembléia dos acionistas do Banrisul, prevista para segunda-feira, dia 30, às 10h, cujo edital prevê a votação de mudanças no estatuto social.
A suspensão foi defendida pelo presidente do SindBancários, Juberlei Baes Bacelo, na audiência pública da Comissão de Serviços Púlbicos da Assembléia Legislativa, que tomou o depoimento do vice-governador Paulo Feijó. “A governadora deve explicação aos gaúchos. Não foi qualquer pessoa que apresentou denúncias que atingem a gestão do banco. Foi o vice-governador”, reforça Bacelo.
O pedido foi dirigido aos deputados. “A capitalização do banco está sendo empurrada goela abaixo da população. Tem de haver discussão sobre a melhor forma de garantir um banco forte. Nós defendemos que o patrimônio continue como está”, argumenta Bacelo.
Nesta segunda-feira, 30, bancários, centrais sindicais e integrantes do Comitê em Defesa do Banrisul farão, a partir das 9h, na rua Caldas Junior, em frente ao prédio-sede do Banrisul, no Centro da Capital, um ato público para impedir a votação de propostas na assembléia de acionistas que abram caminho para investidores privados participarem das decisões na gestão do banco.
Um dos itens da assembléia prevê mudança sobre participação dos detentores de ações preferenciais nas decisões sobre política do banco. “Quem tem ação preferencial recebe dividendos do banco, que hoje vão quase que em 100% para o Estado. Se isso não é privatizar o recurso público, como podemos chamar”, reforça o dirigente sindical.
Muitas das informações levadas por Feijó aos deputados já haviam sido denunciadas pelo Sindicato dos Bancários, como a contratação milionária de uma consultoria paulista e a compra de computadores sem licitação.
Fonte: Seeb Porto Alegre
