A Coordenação do Comando Nacional dos Bancários se reúne nesta sexta-feira, dia 12, às 10 horas, com a Fenaban, em São Paulo, para fazer uma avaliação semestral do programa de combate ao assédio moral.
O balanço está previsto no parágrafo 2º do acordo coletivo de trabalho aditivo para prevenção de conflitos no ambiente de trabalho, assinado no final de janeiro deste ano entre várias entidades sindicais e diversos bancos, como Bradesco, Itaú Unibanco, Santander, HSBC, Citibank, Caixa Econômica Federal, Votorantim, Safra e BIC Banco.
Conforme ficou acordado, a Fenaban fará uma apresentação de dados estatísticos setoriais para a representação sindical dos bancários, devendo ser criados indicadores que avaliem o desempenho do programa.
Acordo inédito
Trata-se de uma experiência pioneira no Brasil e no mundo. Foi aberto um canal de denúncias, via sindicatos que firmaram o instrumento coletivo, que são repassadas aos bancos, preservando a identidade dos denunciantes, com o compromisso por parte dos bancos de investigar os casos apresentados. Os bancos acolhem as denúncias, abrem processos de investigação e no prazo de 60 dias informam os resultados aos sindicatos com as providências adotadas.
Já as denúncias apresentadas ao sindicato de forma anônima continuam sendo apuradas pelas entidades, mas fora das regras desse programa.
“Esperamos tomar conhecimento dos primeiros números do programa, que foi conquistado na convenção coletiva do ano passado, a fim de avaliarmos os resultados obtidos e abrirmos os debates sobre os indicadores a serem estabelecidos e os próximos desafios”, afirma Plínio Pavão, secretário de Saúde do Trabalhador da Contraf-CUT.
O assédio moral é um dos principais problemas da categoria em todo país. Segundo a consulta feita entre maio e junho pelos sindicatos, o problema atinge 66% dos 27.644 bancários de todo país que responderam a enquete organizada pela Contraf-CUT.
“Reivindicamos o combate ao assédio moral e à violência organizacional e o fim das metas abusivas para a venda de produtos, como forma de melhorar as condições de saúde e trabalho dos bancários”, destaca Plínio.