Trabalhadores aprovaram indicativo de greve a partir de terça-feira
A greve nacional dos bancários no Pará começará na próxima terça-feira, dia 18. Essa foi a decisão unânime da assembleia da categoria realizada na noite desta quarta-feira (12), no auditório do Complexo Cultural do Sindicato dos Bancários do Pará, em Belém.
Os trabalhadores e trabalhadoras rejeitaram a proposta da Fenaban de índice de reajuste de 6% e irão cruzar os braços e parar as agências de bancos públicos e privados em todo Estado para, junto com a categoria pelo Brasil afora, derrotar a ganância dos banqueiros.
“Não aceitamos que os bancos, que são as empresas que mais lucram no país às custas da exploração da mão-de-obra bancária e da cobrança de taxas e tarifas exorbitantes dos clientes e usuários dos bancos, ofereçam para a categoria um reajuste de 6%, o que representa uma ganho real de apenas 0,58%. Exigimos respeito e valorização, queremos salários dignos e condições de trabalho decentes. E com a força da nossa greve nacional seremos vitoriosos”, destaca a presidenta do Sindicato, Rosalina Amorim.
Carta à Fenaban
A Contraf-CUT enviou carta à Fenaban na última quarta-feira (5) para informar sobre o calendário de mobilização aprovado pelo Comando Nacional e reafirmar que os sucessivos resultados positivos dos bancos permitem atender às demandas dos bancários.
“Somente os cinco maiores bancos tiveram R$ 50,7 bilhões de lucro líquido em 2011, com uma rentabilidade de 21,2%, a maior do mundo. No primeiro semestre deste ano, as mesmas instituições apresentaram lucro líquido de R$ 24,6 bilhões, maior que em igual período do ano passado, mesmo com o provisionamento astronômico de R$ 37,34 bilhões para pagamento de devedores duvidosos, incompatível com a situação real de inadimplência”, afirma o texto assinado pelo presidente da Contraf-CUT, Carlos Cordeiro.
A Confederação conclui a carta ponderando que, “como sempre acreditamos no diálogo e apostamos no processo de negociações, aguardamos manifestação dessa Federação com uma nova proposta até o dia 17, para que possamos submetê-la à apreciação das assembleias”.