A Empresa de Correios e Telégrafos (ECT) marcou para o dia 31 de maio o leilão no qual será definido qual instituição que irá operar o Banco Postal, serviço presente em 6.195 pontos em todo país.
Certo do interesse que desperta essa rede de atendimento, os Correios não cederam às solicitações dos bancos, que haviam sugerido alterações na licitação. O valor a ser pago pelo ganhador será de, no mínimo, R$ 337,3 milhões ao ano. O contrato terá prazo de cinco anos, com vigência a partir de janeiro de 2012.
Pela extensão da rede, o Banco Postal desperta interesse das grandes instituições. O presidente do Santander Brasil, Marcial Portela, reconhece que essas franquias contribuiriam para o aumento do número de clientes. “Possivelmente vamos participar da disputa”, afirma.
No Bradesco, instituição que opera o Banco Postal desde 2002, o interesse é claro. Nesta semana, o vice-presidente do banco, Domingos Figueiredo de Abreu, disse que esperava ser competitivo nessa disputa.
“Sem dúvida é interessante. É um modelo vencedor não só para nós, mas também para os Correios.” O Bradesco paga mais de R$ 350 milhões ao ano para os Correios a título de remuneração das operações efetuadas no Banco Postal.
Um dos pontos que geraram discussão, na época da divulgação da minuta do edital, foi em relação à emissão de cartões de crédito e pré-pagos, que poderá ser feito por instituição diferente da vencedora do leilão.
O Bradesco chegou a solicitar que a emissão de plásticos ficasse restrita ao ganhador, mas a sugestão não foi acatada pelos Correios.
Para participar da disputa, o banco deve ter patrimônio líquido de, no mínimo, R$ 2,160 bilhão e ao menos R$ 21,6 bilhões em ativos.
O banco vencedor poderá explorar os serviços de abertura de contas; recebimentos e pagamentos; receber e encaminhar propostas para operações de crédito; gerenciar propostas de cartões de crédito; e realizar operações de câmbio.