Nesta sexta-feira, 11, o Comando Nacional dos Bancários volta a se reunir com o Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal para novas rodadas das negociações específicas da campanha salarial 2009. Os dois encontros acontecem em Brasília, um dia após o Dia Nacional de Lutas realizado pelos trabalhadores em todo o país para pressionar os bancos, que não apresentaram nenhuma proposta na mesa de negociações com a Fenaban.
Banco do Brasil
Os funcionários do BB levarão para a mesa de negociação, às 15h, as reivindicações relativas às cláusulas sociais (como licença-maternidade, auxílio-creche, auxílio educação, previdência suplementar, vale transporte, e outras) e sindicais (como Plano de Carreira, Cargos e Salários, negociação permanente, entre outras).
Na última rodada, os funcionários discutiram com o BB questões relativas a saúde e condições de trabalho. No entanto, o banco não apresentou resposta para a maioria das reivindicações dos trabalhadores. Os únicos avanços apresentados foram o fim da lateralidade nas agências com até sete funcionários e o reconhecimento pela empresa da necessidade de se combater o assédio moral (veja mais aqui).
“Essa rodada de negociação tratará de temas muito importantes, entre eles o PCCS, prioridade dos funcionários nessa campanha salarial. É o momento de aumentar a mobilização e mostrar nossa força para pressionar o BB e conquistarmos um plano de cargos justo e transparente”, afirma Marcel Barros, secretário geral da Contraf-CUT e coordenador da Comissão de Empresa dos Funcionários do Bando do Brasil (CEBB).
Caixa
A negociação com a Caixa, que acontecerá às 10h, tratará de temas como Funcef/aposentados, isonomia entre novos e antigos empregados, democratização da gestão, entre outros. “Os temas da negociação envolvem vários segmentos de empregados, como os aposentados, com as questões da Funcef, e os empregados novos, que se interessam com as questões de isonomia”, afirma Jair Ferreira, coordenador da CEE Caixa. “A democratização da gestão é um tema que diz respeito a todos, ainda mais em um governo democrático-popular como é o do presidente Lula. O mínimo que esperamos é ter uma maior participação na gestão das empresas públicas”, acrescenta.
O avanço conquistado pelos trabalhadores na última reunião foi o anúncio feito pelo banco de que recebeu autorização do Departamento de Coordenação e Controle das Empresas Estatais (Dest) para a contratação de mais 2.200 empregados. No entanto, nos temas pautados para o debate -Saúde Caixa, segurança bancária, saúde e condições de trabalho – o banco não trouxe novidades para os trabalhadores (veja mais aqui).