Bancários indignados com mudanças unilateriais do BB
O auditório da Casa dos Bancários, em Porto Alegre, foi pequeno para receber os funcionários do Banco do Brasil para a plenária que debateu o novo plano de comissões imposto pela direção. No encontro realizado na noite de quarta-feira, dia 30, os funcionários manifestaram contrariedade e indignação com o teor do plano. Também esclareceram dúvidas quando ao futuro da carreira.
O Departamento Jurídico do Sindicato dos Bancários de Porto Alegre já ingressou com duas ações na Justiça. A primeira questiona a legalidade da opção por evidente coação decorrente de ameaça de descomissionamento e a outra trata da ilegalidade de redução de salários em decorrência de adoção de jornada de seis horas.
Os números dos processos são: 0000181-11.2013.5.04.0001 na 1ª Vara do Trabalho e 0000108-36.2013.5.04.0002 na 2ª Vara do Trabalho.
O plano de comissões ataca a jornada de seis horas, já que a direção do Banco do Brasil está se valendo de artifícios para burlar um direito alcançado há décadas.
No novo plano, cerca de 22 mil funcionários terão de optar por manter os cargos de oito horas ou reduzir a jornada para seis horas. No entanto, além de ter imposto todo o planejamento, a direção do BB também reduz salários de quem optar pela redução.
O plano altera cargos de oito horas, mudando nome de funções e atribuições e dando prazo de seis dias para que o funcionário aceite a nova função por meio da assinatura de um documento. Quem não aceitar corre o risco de ser descomissionado.
O Sindicato orienta para que os funcionários leiam todos os informes que a instituição divulgar e não tomem qualquer decisão relativa à mudança de função e de jornada sem consultar o Jurídico da entidade.
O Sindicato colocará sua Assessoria Jurídica à disposição dos colegas para atender os bancários e esclarecer suas dúvidas.
