A diretoria do Sindicato dos Bancários da Paraíba foi convidada pelo I Batalhão da Polícia Militar da Paraíba para uma reunião, nesta quinta-feira (12), às 10h, na sede do Comando Geral, no centro da capital paraibana, para discutir ações de segurança bancária.
O presidente do Sindicato dos Bancários da Paraíba, Marcos Henriques espera que nessa reunião a polícia militar informe que ações estão sendo implementadas para coibir essa onda crescente de seqüestros de gerentes e familiares e assaltos a bancos, ocorridos ultimamente no Estado. “Nós podemos contribuir com várias propostas que vêm sendo discutidas e debatidas pela categoria, com vistas a fortalecer a segurança dos clientes, usuários e trabalhadores bancários”, reforçou.
Recentemente, só na capital, ocorreram cinco sequestros com tentativa de assalto a bancos, envolvendo administradores e seus familiares. Foram vítimas das investidas dos bandidos: um gerente do Banco do Brasil; três gerentes do Banco Real; e uma gerente da Caixa Econômica Federal, em cujo corpo foram amarrados artefatos de explosivos, enquanto sua mãe e uma amiga ficaram reféns dos bandidos.
A tentativa de assaltou foi abortada pela PM da Paraíba e as reféns liberadas, nesta terça-feira, 10 de novembro. Não houve vítima fatal em nenhum desses casos e em apenas um os bandidos concretizaram o assalto.
Enquanto tudo isso está acontecendo, os bancos só se preocupam com a proteção do seu patrimônio, já coberto por seguros específicos, e não estão nem aí com a segurança nem com a assistência aos bancários vítimas dos bandidos. No Banco Real, por exemplo, a direção da instituição além de não permitir a emissão de Comunicação de Acidente de Trabalho (CAT), também se nega a prestar assistência psicológica às vítimas de assaltos e seqüestros, alegando que o plano de saúde não cobre esse tipo de atendimento. “O que é um absurdo, pois o bancário só passa por esses traumas por conta da atividade exercida no banco”, desabafa Marcos Henriques.
Enquanto aguarda a mediação da Procuradoria Regional do Trabalho da 13ª Região em uma reunião com os representantes dos bancos e dos órgãos de segurança no Estado, cuja solicitação foi feita no dia 29 de outubro, o Presidente do SEEB – PB acha muito importante atender ao chamamento da Polícia Militar da Paraíba.
“A insegurança é um problema grave e não podemos nos dar ao luxo de ficar esperando agir, quando somos chamados a contribuir. E temos certeza que podemos colaborar ainda mais com proposta que serão aprofundadas nessa reunião com o I BPM; colocando em prática o que for possível, de imediato, levando outras contribuições para a reunião ampliada, quando esta acontecer”, concluiu Marcos Henriques.