Mesmo com a chuva torrencial que caiu na tarde da segunda-feira, 30 de setembro, em Chapecó, os bancários participaram do ato público numa demonstração de vitalidade e força do movimento. A categoria exige a apresentação de uma proposta decente por parte dos bancos.
No dia 30 a greve nacional dos bancários seguiu exatamente a trajetória da semana passada: muito forte e crescendo em todo o país. Estão paralisados nos 26 estados e no Distrito Federal 10.822 agências e centros administrativos.
Na sexta-feira, haviam sido paralisadas 10.633 dependências. Em relação ao primeiro dia da greve, em 19 de setembro, quando foram fechadas 6.145 agências, houve um crescimento de 76,1%.
A intransigência dos bancos está deixando os bancários cada vez mais indignados. Apresentaram a única proposta há 25 dias, repondo apenas a inflação e ignorando as demais reivindicações econômicas e sociais. Depois disso adotaram a estratégia do silêncio, numa demonstração de desrespeito à categoria, avalia a direção do Sindicato dos Bancários de Chapecó.
Os bancários, através do Comando Nacional, enviaram carta na última sexta-feira à Fenaban (Federação Nacional dos Bancos), demonstrando disposição de negociar uma proposta que atenda as reivindicações da categoria, mas até agora não obtiveram respostas.
Lucros astronômicos
Somente no primeiro semestre de 2013, os seis maiores bancos lucraram 29,6 bilhões, um crescimento de 18,21% em relação ao mesmo período do ano passado. Além disso, os bancos obtiveram de receitas com tarifas de R$ 46,6 bilhões, um crescimento de 12,5%, e o spread em julho foi de 11,4%. Os números demonstram que as instituições financeiras têm como atender as reivindicações dos bancários.