Bancários de BH cobram dos bancos mais seriedade nas negociações

Trabalhadores pararam agências e se concentraram no centro de Belo Horizonte

Diante da enrolação dos bancos que, após quatro rodadas de negociações, não apresentaram nenhuma proposta decente para atender as reivindicações dos trabalhadores, o os bancários de Belo Horizonte realizaram, nesta segunda-feira, 15, Dia Nacional de Luta, um ato no centro da capital. O objetivo foi cobrar e pressionar os banqueiros para que eles apresentem uma proposta concreta que atenda as reivindicações da categoria na Campanha Nacional 2014.

Além de paralisar as atividades de diversas agências bancárias da região central da capital durante a manhã, os bancários realizaram uma concentração em frente à agência do Itaú da rua Rio de Janeiro, na Praça Sete. O Itaú foi escolhido por ser o banco que mais demite, apesar de ser a instituição financeira que mais lucra no país às custas do trabalho de bancárias e bancários, que são os verdadeiros responsáveis por estes resultados.

Durante a manifestação, os bancários denunciaram a intransigência dos bancos que, além de serem o setor que mais lucra no país sem oferecer qualquer contrapartida social, se recusam a atender as reivindicações dos trabalhadores. Cobraram também dos bancos medidas para combater a rotatividade, preservar o emprego e reivindicaram o fim da terceirização, já que os banqueiros têm reafirmado que ela é parte estratégica da organização do negócio e defendem abertamente a sua regulamentação de forma ampla e irrestrita.

Diante da recusa dos banqueiros em apresentar uma proposta que atenda as justas reivindicações da categoria, os bancários cobraram ainda medidas em relação às metas abusivas e o assédio moral, a insegurança e as discriminações nos bancos.

A presidenta do Sindicato, Eliana Brasil, ressaltou que o Dia Nacional de Luta foi a primeira demonstração da capacidade de mobilização da categoria diante da má vontade dos banqueiros em atender as reivindicações de bancárias e bancários. “Este Dia Nacional de Luta serviu para mostrar aos banqueiros o quanto somos fortes quando estamos unidos. A apatia e o desrespeito com que os bancos tratam as nossas reivindicações na mesa de negociação merece uma resposta à altura. E esta resposta virá através da nossa mobilização e da disposição de luta para fazer valer nossos direitos”, afirmou.

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