Assalto a bancos: Sindicato do Rio cobra do Itaú emissão da CAT

O Sindicato dos bancários do Rio realizou um protesto em frente a agência Itaú Personalite, assaltada no último dia 26 de fevereiro. Os sindicalistas voltaram a cobrar da direção do banco a emissão da Comunicação de Acidentes de Trabalho (CAT) e criticaram a política de segurança, que põe em risco a vida dos bancários e da população.

Em fevereiro, a agência Bangu também foi assaltada. “O Itaú, hoje o mais rico do hemisfério sul e que gasta uma fortuna com publicidade prometendo compromisso social, não cuida sequer da segurança de seus funcionários e ainda se nega a emitir a CAT”, critica o diretor do Sindicato dos bancários do Rio, Ubirajara Santos, o Bira.

Irresponsabilidade dos bancos

Segundo Jô Portilho, secretária de Políticas Sociais do Sindicato dos Bancários do Rio de Janeiro (Seeb Rio), após a aquisição do Bank Boston pelo banco Itaú, houve redução de mais de 70% do efetivo de seguranças. “Este fato chamou a atenção de assaltantes que tentaram tirar proveito da situação”, explica. “Além da irresponsabilidade social da Holding Itaú-Unibanco com as demissões de seguranças e bancários, o banco ainda se nega a emitir o Comunicado de Acidente de Trabalho (CAT) conforme exige a lei, completa.

Emissão da CAT

Segundo Jô Portilho, as empresas devem emitir a CAT em casos de acidente de trabalho ou doenças profissionais físico e psicossamáticas oriundas, por exemplo, de traumas com os tiros e assassinato dentro do local de trabalho.

“Um relatório anual do INSS verifica se o número de CATs emitidas por determinada empresa (no caso os bancos) está dentro de uma “X” estimativa”, explica Jô. “Caso contrário, se a empresa permite que acidentes deste tipo e doenças profissionais ocorram acima da estimativa do INSS, elas devem ser punidas com o reembolso das despesas com a licença dos funcionários”, conclui.

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