Bancários levam propostas de segurança privada à Polícia Federal

A Contraf-CUT e o Coletivo Nacional de Segurança Bancária se reúnem nesta quinta-feira, dia 25, com a Polícia Federal, em Brasília. Os representantes dos trabalhadores do ramo financeiro irão apresentar propostas para a melhoria do projeto de Estatuto da Segurança Privado, a ser enviado ao Congresso Nacional, para a atualização da lei federal nº 7.102/83 que inclui as regras para a segurança nos bancos.

Os bancários serão recebidos pelo coordenador da Comissão Consultiva para Assuntos de Segurança Privada (Cecasp), delegado Adelar Anderle. Foi ele quem apresentou a primeira versão do projeto, no último dia 2, e pediu sugestões das entidades para o seu aperfeiçoamento. O objetivo da PF é garantir maior controle do Estado sobre esse segmento no país. O projeto é amplo, envolvendo desde as instituições financeiras e empresas de vigilância e transporte de valores até a segurança dos condomínios e nos estádios de futebol.

“O projeto tem uma série de inovações e avanços, como a inclusão da porta de segurança com detector de metais e das câmeras de filmagem nos bancos, a criação de um cadastro nacional de segurança privada e o sistema nacional de segurança privada”, aponta o diretor do Sindicato dos Bancários de Porto Alegre e Região (SindBancários) e representante do Coletivo Estadual de Segurança Bancária da Federação dos Bancários do RS, Ademir Wiederkehr. “Mas existem problemas e lacunas que precisam ser superados, a fim de que o resultado seja uma legislação atualizada e eficiente que proteja, acima de tudo, a vida das pessoas”, ressalta.

“Uma lacuna, por exemplo, é a falta de definição sobre a localização da porta giratória. Os bancários têm defendido que ela precisa ser instalada antes do auto-atendimento, visando proteger esse espaço onde, segundo a Febraban, ocorrem 60% das transações dos clientes”, destaca Ademir.

“Esperamos que a Polícia Federal faça alterações no projeto, contemplando as propostas dos trabalhadores, que são as principais vítimas da criminalidade e da onda de violência”, projeta o dirigente sindical. “A categoria não pode continuar trabalhando com medo e insegurança, como hoje ocorre em todo o País, diante dos ataques de quadrilhas cada vez mais ousadas e aparelhadas”, denuncia. “Exigimos proteção da vida e segurança”, conclui.

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