A assembléia dos bancários de Bragança Paulista e Região acaba de rejeitar a proposta da Fenaban por unanimidade e aprovou por ampla maioria a deflagração da greve, a partir desta quarta-feira, 29. A paralisação será por tempo indeterminado, ou seja, até que Fenaban faça nova proposta.
Serão realizadas plenárias organizativas e informativas diariamente. Assembléia só após nova proposta.
A Fenaban não respondeu ao ofício enviado na quinta-feira, 23, pelo Comando Nacional dos Bancários, dando prazo até esta segunda-feira 27 para os bancos apresentarem nova proposta à categoria. A proposta rejeitada prevê 4,29% de reajuste.
O silêncio da Fenaban deixa claro que somente a greve quebrará a intransigência dos bancos. Não há nenhuma razão para os banqueiros rejeitarem as demandas da categoria.
Somente os cinco maiores bancos tiveram R$ 21,3 bilhões de lucro líquido no primeiro semestre. É um crescimento de 32% na média em relação ao ano passado e uma rentabilidade sobre o patrimônio de 25%, graças entre outras coisas ao aumento da produtividade dos trabalhadores.
Depois de um mês de negociações, a Fenaban apresentou, no dia 22, proposta de reajuste de 4,29% (a inflação dos últimos 12 meses medida pelo INPC), rejeitando as reivindicações de aumento real, valorização dos pisos salariais, melhoria na Participação nos Lucros e Resultados (PLR), melhores condições de trabalho e preservação da saúde, principalmente o fim das metas abusivas e do assédio moral, além de medidas que preservem o emprego e protejam a vida.