O Comando Nacional dos Bancários, coordenado pela Contraf-CUT, retoma nesta terça-feira 4, às 15h, em São Paulo, as negociações com a Federação Nacional de Bancos (Fenaban) sobre a Campanha 2012, depois que os trabalhadores consideraram insuficiente a proposta de 6% de reajuste (cerca de 0,7% de aumento real) apresentada pelas empresas na semana passada.
“Queremos construir um bom acordo na mesa de negociação, o que dependerá exclusivamente dos bancos. Condições financeiras eles têm de sobra, uma vez que somente os seis maiores apresentaram R$ 25,2 bilhões de lucro líquido no primeiro semestre, mesmo provisionando R$ 39,15 bilhões para devedores duvidosos, um grande exagero para uma inadimplência que cresceu apenas 0,7 ponto percentual no período”, afirma Carlos Cordeiro, presidente da Contraf-CUT e coordenador do Comando Nacional.
“Os bancos não podem recusar nossas reivindicações depois de o Dieese ter mostrado que 97% dos 370 acordos salariais fechados no primeiro semestre no Brasil foram superiores à inflação, com aumento real médio de 2,23%, mais que o triplo do que a Fenaban propôs. E dos setores econômicos que fizeram esses acordos nenhum deles é mais dinâmico e lucrativo que o sistema financeiro”, argumenta Carlos Cordeiro.
Dia Nacional de Luta
Nesta segunda-feira 3, os bancários realizaram um Dia Nacional de Luta, com manifestações e paralisações parciais em todo o país, para pressionar a Fenaban a apresentar uma proposta decente, que contemple as reivindicações da categoria na rodada desta terça-feira.
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As principais reivindicações dos bancários
● Reajuste salarial de 10,25% (aumento real de 5%).
● Piso salarial de R$ 2.416,38.
● PLR de três salários mais R$ 4.961,25 fixos.
● Plano de Cargos e Salários para todos os bancários.
● Elevação para R$ 622 os valores do auxílio-refeição, da cesta-alimentação, do auxílio-creche/babá e da 13ª cesta-alimentação, além da criação do 13º auxílio-refeição.
● Mais contratações, proteção contra demissões imotivadas e fim da rotatividade.
● Fim das metas abusivas e combate ao assédio moral
● Mais segurança
● Igualdade de oportunidades