– Diretor SEEB-Baixada e funcionário ItauUnibanco
Entre as mudançad das muitas feitas pelo Itaú, após a fusão com o Unibanco, está a retirada das bobinas carbonadas dos caixas, substituindo pelas bobinas de fita única, que tem levado os caixas à beira da loucura, desde que isso começou.
Antes, com a bobina carbonada, o caixa no final do expediente, podia procurar uma diferença de caixa e quase sempre localizá-la rápidamente, com uma simples conferência na cópia da sua fita de autenticações. Hoje, sem a fita autenticadora, não estão sendo possível localizar muitas diferenças, gerando, com isso, prejuízo financeiro aos caixas, que se veem obrigados a pagar as diferenças, em prazo curtíssimo.
O Sindicato dos Bancários da Baixada Fluminense tem percorrido as agências, preocupado com tantas denúncias que tem chegado, e já é sabido que esta mudança obviamente, não veio para favorecer ao caixa, pois basta ouvir as reclamações que não são poucas.
O fato de o Itau Unibanco ter criado um programa, que grava as autentiçações no sistema e que este pode ser acionado em caso de diferenças, tambem não resolve, uma vez que as operações somatórias usando calculadora não são gravadas dentro do sistema, dando ao caixa somente a opção de rever as autenticações produzidas durante o expediente. Esta função, usada para “amarrar” cada operação realizada pelo caixa, ainda é insuficiente, pois existem transações que ela não contempla.
“Todos pedem para que o banco também coloque dentro do sistema, a gravação da calculadora, para que com isso, o caixa tenha acesso aos possíveis cálculos que entenda sejam necessários fazer em uma transação, muitas vezes, além desta função”, afirma o funcionário do Itaú Unibanco e diretor do Sindicato, Adjalmo Klein Class.
O banco tem dito que essa mudança contribui com a questão ecológica, economizando papel e que também evita o acúmulo de documentos em seus almoxarifados. “É claro que também vai economizar alguns milhões. Porém, se esqueceu, que a segurança no caixa dos seus funcionários tambem é prioridade. Não somos contra a questão ecológica nem a de se aproveitar melhor os espaços físicos, mas somos MUITO CONTRA um funcionário ter que pagar diferenças de caixa, porque não lhe foram dadas as devidas condições para procurá-las. Esperamos que o Banco reveja toda essa situação”, defende o dirigente sindical.