(Atualizada dia 30/1, às 12h30)
Os conselheiros deliberativos eleitos foram pressionados pelo Banco do Brasil na reunião de janeiro a impedir a convocação dos conselheiros suplentes nas reuniões ordinárias, em razão da contingência orçamentária. Para os eleitos, a medida não contribui para a busca de soluções porque esvazia a governança da entidade.
Diante dessa postura e com o propósito de viabilizar a participação de todas as representações do funcionalismo, em um momento crucial para a Cassi, os conselheiros eleitos decidiram abrir mão de parcela dos honorários e de custos com deslocamento com a finalidade de não onerar a Cassi com a participação dos suplentes.
A Contraf-CUT havia informado na quarta-feira 28 que, “após tomar conhecimento da decisão dos eleitos, os conselheiros deliberativos indicados pelo patrocinador decidiram também abdicar dos honorários a que teriam direito”.
A Contraf-CUT recebeu esclarecimentos dos conselheiros indicados e eleitos na Cassi e retifica a informação relativa à abdicação de honorários por parte deles. E informa que todos os conselheiros haviam efetuado, concomitantemente, registros junto à Secretaria do Conselho renunciando à parte de seus direitos estatutários e regimentais.
Ao mesmo tempo, a Contraf-CUT ratifica que a iniciativa tomada pelos conselheiros eleitos são no sentido de garantir a presença de todos os segmentos de representação do funcionalismo que compõem a atual direção, evitando o esvaziamento da governança pretendido pelo banco, no processo de debates, neste momento especial que vive a Caixa de Assistência.
Conselheiros eleitos votam para fortalecer a governança e a Cassi
O Banco do Brasil precisa demonstrar maior interesse para encontrar as soluções necessárias para alcançar a sustentabilidade do Plano de Associados e consequentemente o fortalecimento da Cassi, entidade de saúde no modelo de autogestão compartilhada entre Corpo Social e BB.
Primeiro o BB, de forma unilateral, propõe aumento das contribuições em 50% para os funcionários da ativa e aposentados. O banco sabe que o estatuto da Cassi não permite alterações dessa natureza, a não ser que o Corpo Social aprove o aumento.
Propõe também um conjunto de medidas internas que aumentam as coparticipações, reduzem abonos de medicamentos e pretende criar franquia sob internação de R$ 1.500, o que prejudicaria os participantes que têm remuneração menor e também aqueles que estão adoecidos e necessitam mais da Cassi, quebrando um dos princípios basilares da entidade – a solidariedade. Os dirigentes e conselheiros eleitos votaram contra essas propostas que prejudicam os bancários e seus familiares.
Essas propostas do Banco do Brasil faziam parte da peça orçamentária da Cassi para o exercício de 2015, apresentada em dezembro pelos indicados do banco na gestão da entidade. Como não houve acordo com os eleitos, a Caixa de Assistência iniciou o ano com orçamento contingenciado.
Durante o mês de janeiro, o BB e seus indicados foram responsáveis pela descontinuidade de um importante programa de cuidados a doentes crônicos, o PAC, que afetou mais de 10 mil participantes. O programa já havia sido aprovado em outubro com o voto dos indicados para vigorar até abril de 2015.
Toda a discussão das divergências de propostas para a gestão da Cassi entre os representantes eleitos pelo Corpo Social e o banco e seus indicados foram levadas para as entidades sindicais pela Comissão de Empresa da Contraf-CUT no mês de dezembro (veja aqui ). Também está sendo levada ao conhecimento das entidades associativas, como ocorreu no último dia 22 na sede da Anabb (veja aqui ).
Unidade e mobilização
Os eleitos estão propondo unidade e mobilização do funcionalismo para que o banco abra negociações para resolver a questão do aporte necessário neste momento, até que a Cassi aprofunde o modelo de Atenção Integral à Saúde, que estende para o conjunto dos associados as equipes de família, com a promoção de saúde e prevenção de doenças ao longo da vida do bancário e seus familiares.