Mobilização dos bancários cresce em todo país
Os bancários retardaram em duas horas, nesta segunda-feira (3), a abertura das 21 agências situadas no centro financeiro de Santos, em protesto contra a enrolação dos banqueiros na mesa de negociação e a proposta da Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) de 6% de reajuste.
Segundo o presidente do Sindicato, Ricardo Saraiva Big, “6% de reajuste é humilhar a categoria que gerou, com muito trabalho, lucros líquidos de R$ 25,8 bilhões, somente no primeiro semestre”. Os bancários vêm sofrendo e adoecendo diariamente com cobrança de metas e vendas de produtos, muitas vezes com assédio moral.
“Com esta postura mesquinha, a Fenaban empurra a categoria para a greve”, finaliza Big.
As principais reivindicações
* Reajuste salarial de 10,25%
* PLR de três salários mais R$ 4.961,25 fixos
* Piso da categoria equivalente ao salário mínimo do Dieese (R$ 2.416,38)
* Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS) para todos os bancários
* Auxílio-educação para graduação e pós-graduação
* Auxílio-refeição, vale-alimentação e auxílio-creche, cada um igual a R$ 622
* Emprego: aumentar as contratações, acabar com a rotatividade, fim das terceirizações, aprovação da Convenção 158 da OIT (que inibe demissões imotivadas) e ampliação da inclusão bancária
* Cumprimento da jornada de 6 horas para todos
* Fim das metas abusivas e combate ao assédio moral para preservar a saúde dos bancários
* Mais segurança nas agências e postos bancários