Reuters
Emily Kaiser e Darren Ennis
PITTSBURGH – O G20 assumirá o posto de zelador da economia global, dando mais voz a economias emergentes como a China, e desenhará regras mais duras sobre capital de bancos até o fim de 2012, segundo o esboço do comunicado da cúpula do grupo.
No segundo dia de reuniões nesta sexta-feira, o grupo de 20 economias em desenvolvimento e emergentes prometeu manter as medidas de estímulo econômico até que a recuperação global esteja garantida.
“Vamos agir para assegurar que quando o crescimento retornar, os empregos retornem também”, afirmou o esboço, obtido pela Reuters. “Vamos evitar qualquer retirada prematura dos estímulos.”
O documento acrescentou que os países do G20 têm a “responsabilidade com a comunidade de assegurar a saúde geral da economia global”, e prometeu tentar alcançar no ano que vem um acordo sobre a rodada de Doha de negociações de livre comércio mundial.
O grupo, responsável por 90 por cento da produção econômica mundial, também chegou a um acordo para conter os excessos da indústria financeira, que causaram a atual crise mundial, e em apertar as regras sobre quanto capital os bancos precisam ter para absorver perdas.
As novas regras para melhorar a qualidade e a quantidade do capital devem estar prontas até o fim de 2010 e serão executadas nos dois anos seguintes, segundo o comunicado.
O G20 aproximou-se de um acordo para dar mais poder de voto no Fundo Monetário Internacional (FMI) a países emergentes, reconhecendo a crescente importância econômica dessas nações.
Em troca, o G20 receberá o comprometimento desses países de fazerem sua parte para equilibrar a economia mundial.
A versão final do comunicado será divulgada quando os líderes encerrarem a reunião de dois dias nesta sexta-feira.