A Contraf/CUT se reuniu nesta sexta-feira, 3 de abril, com a direção do Itaú-Unibanco para discutir, entre outros temas, a garantia dos empregos e direitos dos trabalhadores no processo de fusão dos dois bancos. Também foi apresentado o Centro de Realocação e reforçado de que não haverá fechamento das agências. Veja abaixo os principais pontos da reunião:
Centro de Realocação
O mote será Faça a sua carreira na Rede (agências), e terá início com os bancários que atuam nos centros administrativos. O projeto contemplará todos os trabalhadores da gerência e os demais cargos inferiores.
A divulgação ocorrerá na próxima semana e será estendido aos trabalhadores dos dois bancos.
O movimento sindical exigiu a participação neste projeto do início ao fim.
Bolsas de estudo
Os trabalhadores do Itaú terão direito a 1.400 bolsas de estudo. Na próxima reunião será discutido um modelo da Participação Complementar nos Resultados (PCR) para os trabalhadores dos dois bancos. “Cobraremos junto à direção do Itaú-Unibanco que seja implementado um programa a todos, englobando o que há de melhor nos dois bancos”, afirma Jair Alves, diretor da Fetec/SP e funcionário do Unibanco.
Novas ações
Entre as novas ações estão o Centro de Realocação e o modelo para todas as agências, que será como as do Itaú, devido ao maior número de serviços, da retaguarda, beneficiando mais bancários.
Propostas
Entre as 15 propostas encaminhadas pelo movimento sindical bancário foram implementadas a suspensão de novas contratações, o tratamento isonômico para todos os funcionários e a manutenção da rede de agências.
Em análise pelo banco está a internalização das atividades, a suspensão das horas extras e um programa de incentivo a aposentadoria a todos os trabalhadores.
158 da OIT
A direção do banco afirmou que a Convenção 158 é uma das propostas inviáveis apresentadas pelo movimento sindical.
A Convenção 158, que é de 1982, está em vigor em 34 países onde ela funciona como parâmetro geral para a defesa da dignidade do trabalhador. “Este é uma dos temas mais debatidos pelo movimento sindical bancário”, diz Carlos Cordeiro, secretário geral da Contraf/CUT. “Continuaremos cobrando junto ao banco a sua implementação que tem por objetivo criar um sistema de referência para a motivação da dispensa, finaliza Cordeiro.