Lehman Brothers agita o domingo em Wall Street, na expectativa pelo dia D

Pleno domingo 14 e o sistema financeiro americano permaneceu em constante tensão. O motivo é o iminente colapso do banco de investimentos Lehman Brothers, o quarto maior dos Estados Unidos. Na tentativa de evitar a falência, um grupo de 15 bancos passou a noite de ontem negociando a criação de um consórcio com recursos de US$ 100 bilhões para comprar ativos do fragilizado Lehman. Já o Merrill Lynch foi vendido ao Bank of America. O governo americano, que resgatou o Fannie Mae, Freddie Mac e Bear Stearns, recusou-se a apoiar financeiramente os potenciais compradores do Lehman.

Um dos principais interessados era o próprio Bank of America, que estrategicamente mudou o foco. Com a aprovação do conselho da Merril Lynch, fechou a compra da frágil instituição por cerca de US$ 44 bilhões.

Em função da falta de compradores ao quarto maior banco de investimentos americano, o domingo tranqüilo transformou-se em uma histeria entre corretoras, fundos de hedge e outros investidores a fim de se desfazer de suas operações com o banco. Os boatos de que O Lehman não sobreviveria se espalharam por Wall Street, gerando todo alvoroço.

Com a sensação de um desastre iminente, executivos de alto escalão de todo o setor financeiro temiam o tamanho do prejuízo que a liquidação do Lehman Brothers provocaria. A sensação era de que o domingo seria o dia D para o mercado. “Segunda-feira será a hora da verdade”, disse Carlos Mendez, diretor da ICP Capital.

A Lehman, uma empresa de 158 anos que começou como uma corretora de algodão do Alabama, e a Merrill, conhecido pelo touro de sua logomarca, foram pilares de Wall Street durante a maior parte do século XX e no início do século XXI. Com o colapso do Bear Stearns no início do ano, três das cinco maiores corretoras independentes de Wall Street podem desaparecer, deixando apenas o Goldman Sachs e o Morgan Stanley.

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