O Banco da Amazônia, um dos últimos bancos a pagar a segunda parcela da Participação nos Lucros e Resultados (PLR), confirmou finalmente o pagamento para o próximo dia 16 de abril. A data foi aprovada na sexta-feira (4) durante assembleia geral ordinária dos acionistas do banco.
O crédito do restante da PLR ocorrerá no primeiro dia útil após a distribuição dos dividendos aos acionistas, que será feita no dia 15, conforme foi informado pelo Bradesco, que é o custodiante das ações do Banco da Amazônia.
No mês passado, o banco divulgou lucro líquido de R$ 182,5 milhões em 2013. Quatro dias depois do anúncio, o Sindicato dos Bancários do Pará protocolou ofício para cobrar o pagamento da segunda parcela da PLR.
“Esse foi apenas mais um passo em busca da garantia e manutenção das conquistas do funcionalismo do Banco da Amazônia. A luta continua e a realidade vivida hoje dentro desse banco está longe do que idealizamos, por isso seguimos na luta por um novo PCS, contra a lateralidade, pela regulamentação do ponto eletrônico e isonomia de jornada, e por melhores condições de trabalho”, afirma o vice-presidente do Sindicato e funcionário do Banco da Amazônia, Marco Aurélio Vaz.
O resultado obtido é fruto de reversão tributária. Caso contrário, não teria sido registado lucro líquido suficiente para efetuar o pagamento da segunda parcela da PLR. Com isso, evitou-se a devolução dos R$ 500,00 pagos a título de adiantamento no ano passado.
Para Miguel Pereira, que coordena pela Contraf-CUT as negociações com o banco, muitas questões relativas ao pagamento da PLR para o funcionalismo precisam melhorar muito, dentre elas o percentual atualmente distribuído de 9,25% (6,25% do lucro líquido mais 3% a título de PLR Social conquistado com a greve de 2010), perfazendo o menor percentual dentre todos os bancos públicos, além do fato de ter sido um dos últimos a efetuar o crédito da segunda parcela da PLR de acordo com os normativos da empresa.
“Queremos que seja estabelecida no Banco da Amazônia a mesma regra dos demais bancos públicos ou o modelo da convenção coletiva firmada com a Fenaban”, propõe Miguel, que é também o secretário de Organização do Ramo Financeiro da Contraf-CUT.