Greve continua forte e toma conta do coração financeiro de São Paulo

Na Avenida Paulista haverá também protesto contra independência do BC

A matriz do banco Daycoval, a Superintendência do Banco do Brasil, o Centro Administrativo Brigadeiro do Itaú, o Bradesco Prime e diversas agências de bancos públicos e privados da Avenida Paulista e adjacências amanheceram paralisadas nesta quinta-feira (2), quando a categoria completa seu terceiro dia de greve nacional.

“A paralisação é forte em nossa base e em todo o país, mas é necessário que cada bancário faça sua parte para ampliá-la cada vez mais. É fundamental aumentar a pressão para que os bancos se mexam e apresentem o quanto antes proposta que atenda às reivindicações da categoria”, afirmou a presidenta do Sindicato dos Bancários de são Paulo, Juvandia Moreira, que estava em frente ao Bradesco da Rua Itapeva, por volta das 9h desta quinta.

Segundo a secretária-geral do Sindicato e vice-presidenta da Contraf-CUT, Ivone Maria da Silva, os empregados estão dando resposta às instituições financeiras de que não suportam mais tanta pressão no ambiente de trabalho.

“Tanto os funcionários das unidades quanto das concentrações cobram o fim das metas abusivas, querem melhores condições de trabalho e exigem ser valorizados. Também cobram mais segurança nas agências. Ou seja, é uma série de fatores que vão além das reivindicações econômicas e que precisam ser revolvidas pelos bancos”, destacou Ivone, que estava no Daycoval.

Além do eixo da Paulista, também estão em greve bancários do Banco do Brasil do prédio da Rua 15 de Novembro e de diversas agências do Centro e dos bairros da Liberdade e da Aclimação.

Nesta quarta (1º), segundo dia do movimento, foram 35 mil trabalhadores parados em 571 unidades – 557 agências, 12 centros administrativos e duas contingências em São Paulo e na região de Osasco. No primeiro, haviam sido 16 mil.

Em todo o Brasil foram fechadas 7.673 unidades de bancos públicos e privados nos 26 estados e no Distrito Federal, segundo balanço da Contraf-CUT com base em informações enviadas pelos sindicatos.

Ato na Paulista

Os bancários, ao lado da CUT e de movimentos de moradia, agricultura familiar e sem-terra, realizam grande ato público nesta quinta, a partir das 15h, contra a proposta de independência do Banco Central, defendida por alguns candidatos à Presidência da República. Os trabalhadores devem se dirigir à sede do BC na Avenida Paulista, 1.804.

Haverá também nesta quinta manifestação nos prédios do BC em pelo menos mais nove capitais: Brasília, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Porto Alegre, Curitiba, Salvador, Recife, Fortaleza e Belém.

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