Sem avanço importante, só resta aos bancários do BB irem à greve

Assessorado pela Comissão de Empresa, Comando Nacional reúne-se com o BB

Os funcionários do Banco do Brasil terão de fazer uma forte greve ao lado da categoria para conquistar avanços tanto na mesa geral de negociação com a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) como em relação às principais cláusulas da pauta de reivindicações específicas com a instituição financeira federal.

Na rodada de negociação específica realizada na tarde desta sexta-feira 14, em São Paulo, o BB manteve a postura intransigente e não apresentou proposta para o Plano de Carreira e Remuneração (PCR), para a jornada de seis horas dos comissionados nem para o Plano de Comissões (PC). E ainda afirmaram que não irão assinar o instrumento de combate ao assédio moral assegurado na Convenção Coletiva dos Bancários assinada com a Fenaban.

“Quanto ao banco dizer que não vai assinar a cláusula de combate ao assédio moral da Fenaban e vai seguir sendo o único banco fora deste acordo, também avisamos que as entidades sindicais não renovarão a cláusula dos comitês de ética, até mesmo porque eles nunca funcionaram”, afirma William Mendes, diretor de Formação da Contraf-CUT e coordenador da Comissão de Empresa dos Funcionários do BB.

“A direção do BB está empurrando os funcionários para a greve ao repetir a postura intransigente dos anos anteriores. Já faz um mês e meio que entregamos nossa pauta específica de reivindicações e não é admissível que até agora não tenha ainda apresentado uma proposta global para as nossas demandas”, critica o dirigente sindical.

Para evitar que haja desconfianças relativas a não cumprimento de acordos feitos na mesa de negociação, os representantes do BB disseram que “todas as propostas que forem apresentadas estarão escritas no acordo”.

Poucos avanços

Na reunião desta sexta-feira, os representantes do BB se limitaram a apresentar três propostas: redução da trava de remoção dos funcionários da Central de Atendimento (CABB) de 24 para 18 meses, inclusão de padrasto, madrasta e enteados para ausências autorizadas e não abrir mão da comissão para concorrer para remoção automática para escriturários em outras dependências do banco.

A negociadora do banco afirmou que há outras propostas sendo analisadas e que só serão apresentadas quando forem confirmadas pela direção da empresa.

“Consideramos as três propostas positivas, mas insuficientes em função do conjunto de propostas que entregamos ao banco”, destaca William.

O coordenador da Comissão de Empresa apresentou aos representantes do BB um abaixo-assinado de bancários da CABB de São Paulo, reivindicando a comissão de 55% sobre o piso do BB. O documeno foi entregue pelos trabalhadores à presidenta do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e região, Juvandia Moreira, na assembleia dos bancários realizada na última quarta-feira 12.

“Temos cobrado da empresa que atenda a essas e outras exigências dos funcionários da CABB, como o fim da trava e a equiparação dos atendentes A e B”, conclui o dirigente sindical.

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