Segurando cartazes com os dizeres como “bancos não respeitam o trabalhador”, bancários realizaram, na quinta-feira (6), o enterro simbólico da intransigência e da ganância dos banqueiros do País.
Em greve desde terça-feira (27), os trabalhadores caminharam pela Avenida Amaral Peixoto até a Estação das Barcas, no Centro de Niterói, carregando um caixão e bradando as reivindicações da categoria, compostas por um reajuste de 12,8%, piso de R$ 2.297,51; uma Participação nos Lucros e Resultados (PLR) de três salários mais R$ 4.500; plano de Cargos, Salários e Carreiras; gratificação semestral de 1,5 salário; auxílio-educação; e previdência complementar.
“A atividade é o simbólico sepultamento do sistema financeiro e da Federação Nacional dos Bancos (Febraban). Estamos falando do setor de maior lucratividade do mundo, contudo, muito inflexível, pois só nos ofereceu 8% de ajuste. Sabemos que eles podem ceder além desse índice, afinal, nenhuma área jamais apresentou tanto crescimento e rentabilidade, mesmo diante de crises globais. Isso tudo, graças aos trabalhadores, bem como clientes. Mesmo assim, após apenas reuniões sem acordo, não nos procuram mais para negociar, logo, o movimento grevista continua”, declarou Fabiano Júnior, presidente do Sindicato dos Bancários de Niterói e Região.
ASSEMBLEIA
Depois do ato de protesto, os bancários se reuniram em assembleia e decidiram, por unanimidade, manter a greve que já atinge mais de 8.500 agências, além de centros administrativos de bancos públicos e privados do Brasil.
Na próxima terça-feira (11), os trabalhadores promoverão uma nova mobilização, no Centro de Niterói, que será sucedida de uma reunião para analisar os rumos da paralisação.